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Petrobras bloqueia acesso de funcionários à Wikipedia

Medida foi tomada após petroleira confirmar que alterações no perfil do ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa foram feitas de um computador da estatal

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 17h27.

Rio - A Petrobras decidiu bloquear o acesso de todos os funcionários ao site Wikipedia, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A medida foi tomada após a petroleira confirmar que as alterações no perfil do ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa foram feitas de um computador da estatal.

Nessa segunda, 15, a Petrobras revelou já ter identificado o autor das modificações, mas, não informou o nome ou a função do responsável pela alteração do perfil.

De acordo com funcionários ouvidos pelo Broadcast, o acesso de todos os computadores foram bloqueados ainda na segunda-feira, 15, logo após a identificação do servidor.

A medida pegou de surpresa os demais trabalhadores e gerou insatisfação.

"Por conta do erro de um, todos estão pagando. Nós usamos o site para consultas em nosso trabalho", afirmou um funcionário. P

rocurada a companhia ainda não se posicionou sobre o bloqueio.

No último sábado, 13, um computador da sede da companhia, no Rio, alterou informações sobre o ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso desde junho por envolvimento em um esquema de corrupção e pagamento de propina a políticos e partidos a partir de verbas desviadas de contratos da estatal.

A alteração foi feita por um computador com registro associado à companhia, o que permitiu a identificação.

O texto alterado aponta Costa como "cria do governo tucano", em referência ao período do mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando o ex-diretor teria assumido cargos executivos na companhia.

Além disso, a alteração indicava que Paulo Roberto Costa foi demitido "com aprovação da presidente Dilma Rousseff" por estar "muito soltinho" no cargo.

O ex-diretor foi desligado da companhia em 2012, poucos meses após a atual presidente da estatal, Graça Foster, assumir o comando da empresa com promessas de "faxina" nos contratos.

Em nota, a Petrobras informou que abriu uma comissão interna de apuração para verificar as medidas podem ser aplicadas ao servidor "no âmbito trabalhista em função do não cumprimento das normas internas da companhia".

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