A Petrobras irá investir 12,1 bilhões de dólares no exterior entre 2007 e 2011. A cifra representa um incremento de 5,4 bilhões de dólares sobre o previsto no plano estratégico anterior, que envolvia o período de 2006 a 2010. A maior parte dos recursos - 70,2% - será destinada às atividades de exploração e produção. Em seguida, ficarão o refino e comercialização (24,8% do orçamento total).

A estatal pretende investir 2,8 bilhões de dólares nos países do Cone Sul. Entre eles, a Argentina receberá a maior parcela - 84%, ou 2,37 bilhões de dólares. Em seguida vêm o Peru (210 milhões de dólares) e o Equador (120 milhões). Em relação às outras regiões do mundo, os Estados Unidos receberão a maior fatia de investimentos: 2,72 bilhões. A Nigéria e a Nova Guiné, na África, contarão, juntas, com 1,81 bilhão de dólares.

De acordo com a Petrobras, os investimentos pretende assegurar uma posição de liderança da empresa no mercado mundial de petróleo, gás natural, derivados e biocombustíveis, sobretudo na América Latina.

Em relação à Bolívia, o plano estratégico insiste no cumprimento do contrato assinado com o governo local, que estabelece o sistema de "take or pay" (consumo ou pagamento obrigatório pela cota de gás acertada). O contrato expira em 2019 e prevê a compra diária de um volume de 24 milhões de metros cúbicos, podendo chegar a 30 milhões.

A Petrobras pretende atingir a produção diária de 568 000 barris de óleo equivalentes (soma da produção de petróleo e de gás natural) por dia até 2011. Se concretizada, a meta representará uma expansão de 119% sobre os resultados de 2005, quando a companhia produziu cerca de 259 000 barris diários.