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Peru exige dinheiro adiantado da Odebrecht em negociações

O valor total em compensações por qualquer crime cometido no Peru será negociado com a empresa após o pagamento inicial, disse o procurador

Odebrecht: o procurador disse que espera que promotores no exterior forneçam nos próximos meses os nomes de funcionários peruanos que aceitaram subornos da Odebrecht (Paulo Fridman/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 20h52.

Lima- A Procuradoria-Geral do Peru anunciou nesta segunda-feira que pediu à Odebrecht uma "quantia significativa" de dinheiro adiantado como parte das negociações para um acordo de colaboração, após a empresa brasileira ter admitido que distribuiu propina para autoridades não identificadas do país.

O valor total em compensações por qualquer crime cometido no Peru será negociado com a empresa após o pagamento inicial, disse Hamilton Castro, procurador que lidera as investigações da Odebrecht.

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No mês passado a Odebrecht, que está no centro do maior escândalo de corrupção do Brasil, assinou um acordo judicial nos Estados Unidos em que admitiu a distribuição de centenas de milhões de dólares para garantir contratos de obras públicas em vários países da América Latina, incluindo 29 milhões de dólares no Peru entre 2005 e 2014.

Castro, que viajou para a Suíça para conversar com promotores sobre a Odebrecht no ano passado, disse que espera que promotores no exterior forneçam nos próximos meses os nomes de funcionários peruanos que aceitaram subornos da Odebrecht.

A Odebrecht, conglomerado familiar, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

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