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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
A Perdigão, uma das maiores empresas do mercado brasileiro de alimentos, está negociando a aquisição da concorrente Eleva (antiga Avipal). Nesta quinta-feira, o mercado financeiro foi tomado por rumores de que o negócio estaria prestes a ser fechado, e as ações da Perdigão tiveram forte oscilação. Hoje, a queda foi de 3,8%. Estima-se que o negócio custe de 1,5 bilhão a 2 bilhões de reais à Perdigão.
Se a compra for concluída, a Perdigão atingirá uma marca histórica, ultrapassando a arqui-rival Sadia em faturamento. Somadas, as vendas de Perdigão e Eleva no primeiro semestre chegam a 4,5 bilhões de reais. A Sadia faturou 4,4 bilhões de reais no mesmo período. A diferença seria mínima, mas suficiente para dar ao negócio ares de revanche: em julho do ano passado, a Sadia tentou comprar a Perdigão por meio de uma oferta hostil na bolsa. A proposta foi recusada.
A negociação com a Eleva é coerente com a estratégia de diversificação da Perdigão. No ano passado, a companhia comprou a Batávia e, mais recentemente, as marcas de margarina da multinacional Unilever. Se unir forças com a Eleva, sua presença no mercado de laticínios será impulsionada - a Eleva é dona da forte marca Elegê. Procurada, a Perdigão informou que está em período de silêncio e, por isso, não pode se manifestar. Nenhum executivo da Eleva foi encontrado para comentar o assunto.