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Perdigão anuncia lucro 19% menor e muda presidente

José Antonio Fay vai substitui Nildemar Secches, que comandou a empresa nos últimos 13 anos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, anunciou nesta quinta-feira que José Antonio Fay, atual diretor-geral de negócios da Perdigão, irá substituí-lo no cargo a partir de 30 de outubro. Secches permanecerá na presidência do Conselho de Administração, cargo que vem acumulando desde o ano passado. O nome de Fay já foi submetido aos membros do Conselho de Administração, que aprovaram a indicação.

O processo de sucessão na empresa teve início em abril do ano passado. Secches está à frente da diretoria executiva da Perdigão há 13 anos. Em 1995, a gestão da empresa foi totalmente profissionalizada, levando a uma nova cultura empresarial e a um reposicionamento estratégico, orientados para a busca de resultados.

Durante a gestão Secches, a empresa construiu o maior complexo agroindustrial da América Latina em Rio Verde (GO), avançou com plantas no Mato Grosso e no Nordeste, integrou as operações de carnes e leites e adotou um agressivo projeto de internacionalização com escritórios comerciais em 13 países. Nos últimos 13 anos, o valor de mercado da companhia se multiplicou por 32 vezes, passando de R$ 248 milhões para R$ 8,2 bilhões.

Fay, o substituto de Secches, assume uma empresa bastante descentralizada e dividida em unidades de negócios. Ele ingressou na companhia no início de 2007, quando deixou o cargo de diretor-geral da Batávia, empresa comprada pela Perdigão. Com passagens também por empresas como Petrobras, Electrolux e Bunge, Fay, 54, assimilou rapidamente a cultura Perdigão e obteve apoio do conselho para substituir Secches.

Lucro

A Perdigão fechou o primeiro trimestre com um lucro de 51 milhões de reais, uma queda de 18,7% sobre o mesmo período do ano passado. A empresa explicou que suas margens foram afetadas pelo aumento do preço de matérias-primas, como o milho, o farelo de soja e o leite. A margem bruta teve queda de 5,2 pontos percentuais devido a uma alta de 73% nos custos das vendas.

Por outro lado, a empresa conseguiu elevar representativamente suas vendas. O faturamento bruto avançou 59,5%, para 2,85 bilhões de reais. No mercado interno, a alta foi ainda maior, de 69%. Os investimentos superaram 1,8 bilhão de reais no trimestre. Desse montante, 1,7 bilhão de reais foram direcionados à aquisição da Eleva e da européia Plusfood.

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