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Pequenas e médias empresas crescem 2,5% em junho na comparação anual

Com o resultado, PMEs encerraram o segundo trimestre do ano apresentando elevação de 3,1% ante o segundo trimestre de 2022

PMEs da Indústria avançaram 6,8% em junho (Morsa Images/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 24 de julho de 2023 às 17h34.

Última atualização em 24 de julho de 2023 às 17h38.

Em junho de 2023, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) mostra que a movimentação financeira média das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras cresceu 2,5% na comparação com junho de 2022.

Com o resultado, o setor encerrou o segundo trimestre do ano apresentando elevação de 3,1% ante o segundo trimestre de 2022, após ganho de 2,5% no primeiro trimestre. Apesar do crescimento nos últimos meses, os dados setorizados revelam desempenho distinto entre os grandes setores do mercado de PMEs.

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O que explica o crescimento das PMEs

Segundo Felipe Beraldi, especialista da plataforma de gestão na nuvem Omie, pesar da queda do desempenho em importantes segmentos do mercado de PMEs em junho de 2023, esse resultado não deve se disseminar no curto prazo.

“A redução das pressões inflacionárias no país, a resiliência observada no mercado de trabalho, a recuperação da confiança dos consumidores e os estímulos fiscais devem permitir que o mercado de PMEs siga em expansão no decorrer do segundo semestre de 2023”, diz o especialista.

Indústria

Do ponto de vista dos grandes setores da economia, o resultado recente do índice foi sustentado, exclusivamente, pela expansão da movimentação financeira real das PMEs da Indústria – que avançaram6,8% em junho na comparação anual.

Após desempenho negativo entre o quarto trimestre de 2022 e o início deste ano, o setor tem apresentado elevações desde março de 2023. No último mês, o desempenho positivo do índice das PMEs industriais foi sustentado pelas seguintes atividades:

Serviços

O setor de Serviços, por sua vez, que vinha apresentando desempenho positivo nos últimos meses, recuou em junho (-3,6% na comparação anual), refletindo a retração em segmentos como ‘Atividades imobiliárias’, ‘Artes, cultura, esporte e recreação’ e ‘Informação e comunicação’.

Por outro lado, alguns segmentos de Serviços seguiram avançando nos últimos meses, tais como: ‘Atividades profissionais, científicas e técnicas’ (que englobam, por exemplo, ‘Atividades jurídicas, de contabilidade e de auditoria’), ‘Atividades de serviços pessoais’, ‘Alojamento’ e ‘Alimentação’. Assim, o comportamento destas atividades restringiu a queda no setor de Serviços no último mês.

Comércio

Já no Comércio, o IODE-PMEs segue mostrando retração (-2,6%) – terceiro mês consecutivo de queda. No setor, o resultado reflete o recuo nos segmentos do comércio relacionado a veículos (-14%) e no varejo (-7,4%). Por outro lado, o segmento atacadista permaneceu estável no período (+0,2%), sustentado por atividades como: ‘Atacado de máquinas e equipamentos para uso comercial; partes e peças’, ‘Atacado de alimentos e bebidas’ e ‘Atacadistas de componentes eletrônicos e equipamentos de telefonia e comunicação’.

Infraestrutura

Por fim, o IODE-PMEs também mostrou recuo do setor de Infraestrutura no último mês (-6,1%), após modesto crescimento apresentado pelo setor em maio (+1,2%), resultado que reflete o enfraquecimento das atividades de ‘Obras de infraestrutura’ e de ‘Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação’.

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