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Pedro Parente é eleito presidente do conselho de administração da BRF

O presidente da Petrobras foi eleito pelos acionistas da companhia por aclamação; Augusto Cruz será o vice-presidente

Parente: executivo foi proposto para o cargo na BRF pelo empresário Abilio Diniz, no comando do colegiado desde 2013 (Aaron M. Sprecher/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2018 às 22h16.

Após mais de nove horas de reunião, Pedro Parente , presidente da Petrobras, foi eleito presidente do conselho de administração da BRF . O nome havia sido acertado no último dia 19 pelos principais acionistas. Augusto Cruz (ex-Pão de Açúcar) será o vice-presidente. O presidente da Petrobras foi eleito pelos acionistas por aclamação, proposta por Luiz Fernando Furlan, às 21h20 desta quinta-feira, 26. "Proponho a escolha de Parente por aclamação no sentido de pacificar a empresa", afirmou o ex-ministro na assembleia.

Os acionistas da BRF finalizaram a votação após atrasos e certo tumulto sobre a dinâmica de votação. Foram eleitos, além de Parente e Cruz, os outros oito nomes indicados: Dan Ioschpe, Flávia Buarque de Almeida, Francisco Petros, José Luiz Osório, Luiz Fernando Furlan, Roberto Antonio Mendes, Roberto Rodrigues e Walter Malieni. O novo conselho se reúne nesta sexta-feira, 27, às 8h, na sede da BRF, em São Paulo.

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A reunião foi realizada em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, e contou com a participação presencial de cerca de 40 acionistas e representantes de investidores que passaram o dia na sede da empresa no município catarinense. Nem todos esperaram o desfecho do dia. Esperava-se uma reunião rápida e sem percalços, mas houve uma reviravolta antes mesmo de começar. Até a manhã desta quinta-feira, a votação seria feita por chapa e não por nomes. Porém, a escolha foi feita por voto múltiplo, após a Comissão de Valores Mobiliárias (CVM) questionar a retirada desta estratégia de votação e recomendar que a escolha fosse feita por voto múltiplo. Esta alteração foi um dos principais motivos para os atrasos na reunião que estava marcada para as 11h e só começou de fato às 17h40. O encerramento ocorreu por volta das 21h30.

A mudança causou questionamentos entre os participantes. A contagem dos votos presenciais foi tumultuada. Acionistas tiveram dúvidas na hora de votar de acordo com a estratégia do voto múltiplo, já que vieram preparados para fazer a escolha por chapa. Os acionistas precisaram votar uma quantidade de ações, do total detido, em cada um dos candidatos.

O nome de Parente, que está à frente da Petrobras desde junho de 2016, foi proposto pelo empresário Abilio Diniz, no comando do colegiado desde 2013, e teve apoio da gestora brasileira Tarpon, e dos fundos de pensão Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil). A perspectiva é de que Parente terá condições de conduzir a reestruturação da companhia, que passa por fortes turbulências, como as sanções da União Europeia.

Petros e Previ ingressaram com pedido de destituição do conselho no início de março após a BRF anunciar prejuízo de R$ 1,1 bilhão em 2017. Os resultados negativos foram atribuídos pelos fundos ao comando de Abilio Diniz.

Diniz deve conversar com jornalistas às 10h30 desta sexta-feira sobre os desfechos em relação a sua passagem no conselho da BRF.

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