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Pedido de recuperação judicial da Oi é o maior da história

Dívida de R$ 65,4 bilhões com credores é maior que o da Sete Brasil, de R$ 19,3 bilhões, e da OGX, de R$ 11,2 bilhões

Oi (Dado Galdieri/Bloomberg)

Tatiana Vaz

Publicado em 21 de junho de 2016 às 09h54.

São Paulo – Um dos maiores receios do mercado nos últimos tempos se concretizou hoje: a Oi acaba de protocolar um pedido de recuperação judicial , que inclui R$ 65,4 bilhões em dívidas.

O valor é o maior já pedido já protocolado no país – o recorde, até então, era da Sete Brasil, de R$ 19,3 bilhões, protocolado em abril, seguido da OGX, do empresário Eike Batista, de R$ 11,2 bilhões, feito em 2013.

Na manhã de hoje, a operadora de telefonia havia anunciado um acordo com o BNDES para suspender o pagamento da dívida por 180 dias no final de maio.

Do total da dívida, quase 10 bilhões de reais eram com bancos de desenvolvimento, como o BNDES.

A ideia era buscar uma alternativa junto aos credores para evitar uma recuperação judicial e a mesma justificativa estaria sendo usada na negociação com outros bancos de fomento.

Não adiantou. O pedido foi protocolado nesta tarde no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Muita pressa

No último dia 10, Bayard Gontijo, então presidente da companhia, renunciou ao cargo. Ele, que havia assumido o cargo com a promessa de estancar a dívida bilionária da operadora, foi substituído pelo diretor financeiro Marco Schroeder.

O executivo acumulou as duas funções e teria sido escolhido por ter uma maior afinidade com a Pharol, que reúne os acionistas portugueses da antiga Portugal Telecom (PT), com quem a Oi se fundiu.

Com o pedido de recuperação judicial, a Oi tem pressa. No dia 26 de julho, vencem € 231 milhões em bônus da empresa, o equivalente a quase R$ 1 bilhão.

Além disso, a Oi acumula um prejuízo líquido de R$ 1,64 bilhão apenas até março e uma dívida de quase R$ 41 bilhões, de acordo com o balanço do primeiro trimestre.

As dúvidas sobre o futuro da companhia incluem também como a Anatel se posicionará sobre o caso já que, pela regulamentação do setor, um pedido desses poderia levar a operadora a perder a concessão, inviabilizando o processo.

São Paulo - A Eletrobras é a empresa com o maior prejuízo no primeiro trimestre do ano, com perdas de R$ 3,89 bilhões. Esse não é o único problema da companhia: ela foi retirada da Bolsa de Nova York por não entregar o balanço de 2014 a 2015. A auditoria responsável por analisar as contas resiste a liberar o documento antes da conclusão das investigações de corrupção na Operação Lava Jato. O governo também está estudando vender ativos da companhia de energia . Já a Petrobras é a empresa com maior queda de resultado entre 2016 e 2015, segundo levantamento da consultoria Economática . Em 2016 a empresa apresentou um prejuízo de R$ 1,24 bilhão, contra lucro de R$ 5,33 bilhões no mesmo período do ano passado.Os setores de construção e energia elétrica dominam entre os maiores prejuízos do trimestre, de acordo com a consultoria.Confira nas imagens quais foram os 20 maiore prejuízos do primeiro trimestre de 2016.
  • 2. 1 - Eletrobras

    2 /21(Assessoria de Comunicação/Eletrobras)

  • Veja também

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 3,9 bilhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015R$ 1,25 bilhão
    Variação- R$ 5,15 bilhões
    SetorEnergia Elétrica
  • 3. 2 - JBS

    3 /21(Gilberto Tadday/EXAME)

  • Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 2,74 bilhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015R$ 1,39 bilhão
    Variação- R$ 4,13 bilhões
    SetorAlimentos e Bebidas
  • 4. 3 - OI

    4 /21(Germano Lüders / EXAME)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 1,67 bilhão
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 401,32 milhões
    Variação- R$ 1,27 bilhão
    SetorTelecomunicações
  • 5. 4 - Petrobras

    5 /21(Dado Galdieri/Bloomberg)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 1,25 bilhão
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015R$ 5,33 bilhões
    Variação- R$ 6,57 bilhões
    SetorPetróleo e Gás
  • 6. 5 - CSN

    6 /21(Flávio Ciro/CSN)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 836,69 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015R$ 392,06 milhões
    Variação- R$ 1,29 bilhão
    SetorSiderurgia e metalurgia
  • 7. 6 - Renova

    7 /21(Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 435,75 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 29,12 milhões
    Variação- R$ 406,63 milhões
    SetorEnergia Elétrica
  • 8. 7 - PDG

    8 /21(Divulgação)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 410,48 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 161,65 milhões
    Variação- R$ 248,83 milhões
    SetorConstrução
  • 9. 8 - Rumo Logística

    9 /21(Divulgação / EXAME)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 185,62 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015R$ 8,42 milhões
    Variação- R$ 194,04 milhões
    SetorTransportes e Serviços
  • 10. 9 - Harpia Participações

    10 /21(Thinkstock/denphumi)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 170,10 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 18,81 milhões
    Variação- R$ 151,29 milhões
    SetorOutros
  • 11. 10 - Usiminas

    11 /21(Nelio Rodrigues/EXAME)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 152,77 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 247,46 milhões
    VariaçãoR$ 94,69 milhões
    SetorSiderurgia e metalurgia
  • 12. 11 - Rossi

    12 /21(Alexandre Battibugli / EXAME)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 142,16 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 128,97 milhões
    Variação- R$ 13,193 milhões
    SetorConstrução
  • 13. 12 - B2W Digital

    13 /21(Luis Ushirobira/EXAME.com)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 132,64 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 50,41 milhões
    Variação- R$ 82,23 milhões
    SetorComércio
  • 14. 13 - CPFL Energia

    14 /21(Divulgação)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 107,8 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 6,44 milhões
    Variação- R$ 43,37 milhões
    SetorEnergia Elétrica
  • 15. 14 - Marfrig

    15 /21(Paulo Whitaker/Reuters)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 106,18 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015-R$ 570,91 milhões
    VariaçãoR$ 464,72 milhões
    SetorAlimentos e Bebidas
  • 16. 15 - Banco Pan

    16 /21(Divulgação)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 96,10 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015-R$ 73,52 milhões
    Variação- R$ 22,58 milhões
    SetorBancos
  • 17. 16 - Eneva

    17 /21(Divulgação)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 93.87 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 128,61 milhões
    VariaçãoR$ 34,74 milhões
    SetorEnergia Elétrica
  • 18. 17 - Viver

    18 /21(Reprodução da web)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 89,60 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 43,78 milhões
    Variação- R$ 45,82 milhões
    SetorConstrução
  • 19. 18 - BR Pharma

    19 /21(Getty Images)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 86,52 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 88,62 milhões
    VariaçãoR$ 2,01 milhões
    SetorComércio
  • 20. 19 - Mendes Jr

    20 /21(Divulgação)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 84,29 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 91,70 milhões
    VariaçãoR$ 7,42 milhões
    SetorConstrução
  • 21. 20 - Telebrás

    21 /21(Luiz Aureliano/EXAME.com)

    Prejuízo no 1° trimestre de 2016- R$ 76,45 milhões
    Lucro ou prejuízo no 1° trimestre de 2015- R$ 69,38 milhões
    Variação- R$ 7,06 milhões
    SetorTelecomunicações
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