Negócios

Pecuária vai exportar US$ 3 bi em 2005, mas ganho é menor

Valor pago pelo boi gordo caiu 11,7% em reais no primeiro semestre de 2005, enquanto os custos de produção subiram 5%

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

Os produtores brasileiros de carne bovina vão fechar o terceiro ano consecutivo como os maiores exportadores do mundo. Apesar da boa notícia, eles já antevêem problemas com a queda dos preços e maiores pressões sobre a rentabilidade. Segundo estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os exportadores de carne bovina poderão festejar 3 bilhões de dólares neste ano. Mas, segundo Antenor Nogueira, presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, o setor está apreensivo com a combinação de preços em queda e custos em alta.

Os preços médios de exportação estão em 2 166 dólares por tonelada, 1,7% inferiores à média de julho do ano passado. Esse ligeiro recuo, aliado à desvalorização da moeda americana frente ao real, reduz o faturamento, sustentando um processo de perda de renda iniciado no segundo semestre de 2003. De acordo com levantamento da CNA e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo, o valor pago pelo boi gordo caiu 11,7% em reais no primeiro semestre de 2005, enquanto os custos de produção subiram 5%.

A CNA afirma que os criadores de gado estão aumentando o abate de matrizes, como última alternativa para compensar perdas. Em 2001, a média de abate de fêmeas era de 22,7%. No primeiro trimestre de 2005, já está perto dos 40%.

Desempenho

Nos primeiros sete meses deste ano as receitas com exportações de carne bovina aumentaram 33% em relação a igual período do ano passado e atingiram 1,752 bilhão de dólares. A quantidade exportada atingiu 1,299 milhão de toneladas, 35% a mais que de janeiro a julho de 2004, ano em que as exportações renderam ao Brasil 2,457 bilhões.

O Brasil exporta carne bovina para mais de 140 países. Os principais destinos de carne in natura entre janeiro e julho foram Rússia (296 milhões de dólares); Egito (159 milhões) e Reino Unido (120 milhões). Os maiores compradores de carne industrializada brasileira foram Estados Unidos (85 milhões de dólares); Reino Unido (75 milhões) e Venezuela (25 milhões).

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Como linhas de crédito para COP vão ajudar Dona Lúcia, cozinheira que mudou o modo de comer no Pará

Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Casa do Pão de Queijo

De pequena farmácia a gigante da beleza, como O Boticário virou um fenômeno com R$ 30 bi em vendas

Smart Fit compra rede de estúdios Velocity por R$ 183 milhões

Mais na Exame