A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) anunciou, nesta segunda-feira (19/6), que cobrará a tarifa de embarque dos vôos da Varig diretamente dos passageiros, à vista, a partir de 1º de julho. A decisão foi motivada pela falta de pagamento da companhia aérea, que deve aproximadamente 32 milhões de reais à Infraero.

A fatia devida em taxas de embarque é pequena perto da dívida total da companhia: 7 bilhões de reais. Em meio aos problemas financeiros, a Varig espera pela decisão do juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, que cuida do processo de recuperação judicial da aérea. Ele analisa a única proposta de compra da companhia recebida em leilão realizado em 8 de junho. A oferta, feita por um consórcio - NV Participações - formado pela TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) e por outros investidores, prevê o pagamento de 1,010 bilhão de reais pelas operações domésticas e internacionais da companhia.

Com dúvidas a respeito da viabilidade da proposta do NV Participações, o juiz Ayoub aprovou apenas em parte, na semana passada, a venda da Varig. Para efetivá-la, ele requisitou mais informações a respeito do pagamento, e ainda não deu o parecer final. Enquanto espera por seu futuro, a Varig sofre com problemas financeiros e com cancelamentos de vôos, motivados, segundo a empresa, por manutenção de aeronaves e questões climáticas.

Novas propostas

Segundo fontes que acompanham as negociações, o adiamento da decisão da Justiça fluminense pode estar ligado ao fato de que a Justiça estuda novas propostas para a compra da Varig.

Três potenciais investidores estariam interessados na reestruturação da companhia. Além da TGV, há propostas também da SYN Logística e Fonditec Brasil Investimentos e do consórcio formado pela TAP, Air Canada e Brookfield

Com informações da Agência Brasil