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Parceria com Eike seria "negócio, não ajuda", diz Petrobras

Grupo EBX, do empresário Eike Batista, é um dos que poderão fornecer infraestrutura e outros serviços à Petrobras no médio e no longo prazo


	Graça Foster: "É um negócio; não se trata de ajuda", disse a presidente da Petrobras sobre parceria com a EBX, de Eike Batista.
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Graça Foster: "É um negócio; não se trata de ajuda", disse a presidente da Petrobras sobre parceria com a EBX, de Eike Batista. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 16h58.

Rio de Janeiro - O Grupo EBX, do empresário Eike Batista, é um dos que poderão fornecer infraestrutura e outros serviços à Petrobras no médio e no longo prazo, afirmou nesta terça-feira a presidente da estatal, Maria das Graças Foster.

"É um negócio; não se trata de ajuda", afirmou Graça Foster, como prefere ser chamada a executiva, em uma conferência com jornalistas.

A estatal está considerando o grupo de Eike como potencial parceiro, por exemplo, para reduzir seus custos a sua necessidade de investimentos em logística, acrescentou a executiva após detalhar o plano de negócios do período 2013-2017 na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

"A Petrobras não pode tudo, não quer fazer tudo, construir tudo nem ser dona de tudo. Isso inviabiliza e dificulta a própria companhia. Queremos usar o máximo que os outros tenham pagando preço de mercado", disse a presidente da estatal.

As empresas de Eike Batista têm sido questionadas por investidores, registrando perdas na Bovespa, em meio a dificuldades em apresentar resultados operacionais robustos.

Após a declaração de Graça Foster, os papéis da LLX ampliaram a alta, chegando a subir mais 10 por cento. Às 14h54, as ações tinham alta de 9,84 por cento, enquanto o Ibovespa tinha subia 1,84 por cento.

Graça explicou que a Petrobras avalia há meses quais parcerias poderá realizar para reduzir necessidades de investimento. O objetivo é usar infraestrutura de terceiros mediante pagamento de tarifas.

A Petrobras já havia mencionado em meados de março que considerava o porto de Açu, de Eike Batista, no norte fluminense, como uma das opções logísticas para a empresa.

O Porto do Açu está sendo construído para abrigar empreendimentos de vários tipos, principalmente no setor de petróleo.

O terminal 1 é uma construção em mar com uma ponte de acesso com três quilômetros de extensão. O terminal 2, ao lado, será instalado no entorno de um canal para navegação, que contará com 6,5 quilômetros de extensão, com mais de 13 quilômetros de cais.

Originalmente concebido para operações de minério de ferro, o porto tem a Anglo American como sócia e já atraiu vários outros parceiros.

A mineradora quer da empresa de logística de Eike prioridade operacional para embarques de minério de ferro em seu terminal no porto de Açu, já que a LLX decidiu incluir mais berços de atracação para petroleiros do que para navios de minério no terminal que constrói em parceria com a Anglo.

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