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Para Bradesco, impacto da greve é limitado e situação está equilibrada

Segundo presidente do banco, empresas que fazem transporte de numerários tem combustível próprio e agências tem dinheiro para abastecer caixas eletrônicos

Bradesco: presidente do banco lamentou os reflexos da greve justamente em um momento de retomada da economia brasileira (Adriano Machado/Bloomberg)

Bradesco: presidente do banco lamentou os reflexos da greve justamente em um momento de retomada da economia brasileira (Adriano Machado/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 15h31.

São Paulo - O impacto da greve dos caminheiros para o Bradesco é limitado e a situação, por ora, segue equilibrada, de acordo com o presidente do banco, Octavio de Lazari Junior. Ele destacou, contudo, durante participação no Fórum de Investimentos Brasil 2018, que espera que essa situação se resolva no máximo nesta semana uma vez que final do mês tem pagamento de salário da maioria das empresas no Brasil.

"O impacto (da greve) está limitado. percebemos menor ida dos clientes aos bancos, mas 90% das transações já são feitas pela internet e canais mobile, o que supre a impossibilidade dos clientes irem às agências", disse Lazari, acrescentando que, por conta disso, os impactos não estão sendo sentidos por enquanto.

De acordo com ele, as empresas que fazem transporte de numerários tem combustível próprio e nas agências há dinheiro para abastecer os caixas eletrônicos.

Lamento

O presidente do Bradesco lamentou os reflexos da greve dos caminhoneiros justamente em um momento de retomada da economia brasileira e ressaltou a necessidade de o País voltar à normalidade. "Tivemos solavanco, mas paciência. Temos de voltar à normalidade para que todos os atores dessa grande locomotiva chamada Brasil possa se unir", destacou o executivo.

Na visão de Lazari, o Brasil não merecia estar "passando pelo o que está passando". "É uma constatação. Digo isso olhando para os últimos cinco anos, onde o País passou pela pior crise nos últimos 30 anos", lembrou ele.

De lá para cá, conforme o presidente do Bradesco, o Pais conseguiu avanços como a inflação que se reduziu sem controles artificiais, juros menores, queda do CDS e ainda um plano de ajuste que estava e "pleno andamento".

Ele disse que não se lembra de uma recuperação da economia brasileira em um período tão curto de tempo. "Vários fatores corroboravam que estávamos entrando em um crescimento tímido, pálido, mas não faz mal, estávamos caminhando para a frente", disse ele.

Na opinião do presidente do Bradesco, o ajuste do país não é de 100 metros, mas uma maratona. "Passamos um solavanco, escorregamos para trás e para recuperar isso, o pessoal da indústria, que demora para pegar tração, tem de reagir porque temos de pegar tração na subida", resumiu o executivo.

Do lado bancário, ele ressaltou que o crescimento no crédito ainda é pequeno, mas que a expansão se dá onde tinha de crescer, na pessoa física, crédito consignado (com desconto em folha de pagamento), imobiliário e veículos, carteiras com juros menores, inadimplência pequena e que movimentam a cadeia produtiva. "Esse é sinal importante, aconteceu no primeiro trimestre e deve se repetir nos balanços do segundo trimestre", concluiu Lazari.

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