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Papel e celulose devem receber investimentos recordes até 2010

Montante deve chegar a R$ 20 bilhões, segundo BNDES

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A indústria de papel e celulose no Brasil receberá investimentos recordes nos próximos anos. Segundo projeções do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES,o setor receberá 20 bilhões de reais entre 2007 e 2010. O valor é o mais alto já verificado na história do setor, representando crescimento médio de 17% ao ano, na comparação com o período de 2002 a 2005.

Do total de recursos a serem aplicados, 11,7 bilhões de reais deverão ter origem em financiamentos dos BNDES. A instituição afirma que as perspectivas para o setor são muito positivas, principalmente para os produtores de fibra curta de eucalipto. Isso porque, com o fechamento de fábricas na América do Norte e Europa, as indústrias de papel passaram a substituir o uso de fibra longa por fibra curta,impulsionando as vendas do produto.

Além disso, há o forte crescimento do mercado chinês, que conta com um parque industrial papeleiro com grande capacidade de produção, mas com baixa disponibilidade interna de celulose.

Para 2006, o BNDES estima que os desembolsos ao setor deverão somar cerca de 2,2 bilhões de dólares, 69% a mais que os 1,3 bilhão liberados em 2005. Nos primeiros oito meses deste ano, a instituição aprovou 3 bilhões de reais em financiamentos à expansão da produção de papel e celulose - valores que deverão ser liberados futuramente para que os projetos, avaliados em 5,5 bilhões de reais, sejam concretizados.

O Brasil é o sétimo maior produtor mundial de celulose, com as vendas das empresas tendo atingido 6 milhões de toneladas em 2005, das quais 5,2 milhões de toneladas destinadas à exportação. O superávit comercial do setor foi de 1,8 bilhão de dólares no ano passado, resultado de exportações de 2 bilhões de dólares e de importações de 200 milhões de dólares.

Já a indústria de papel produziu 8,6 milhões de toneladas em 2005, o correspondente a 2,3% da produção mundial. O superávit comercial do setor foi de 717 milhões de dólares em 2005, com exportações de 1,4 bilhão de dólares e importações de 654 milhões de dólares.

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