Pão de Açúcar vê manutenção do ritmo de vendas no segundo semestre
No balanço, o destaque foi para o segmento alimentar, impulsionado pela conversão das bandeiras Sendas e CompreBem em Extra, no grupo
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2011 às 13h53.
São Paulo - o Grupo Pão de Açúcar prevê que a segunda metade deste ano resulte em números alinhados com os apurados no primeiro semestre, apesar do setor varejista estar sendo pressionado por um cenário de inflação e juros maiores.
"O mercado está mais desaquecido que no ano passado e sentindo mais dificuldades em vendas. Mas, apesar (do mercado estar) mais fraco, continuamos com desempenho forte", disse o presidente do Conselho de Administração da companhia, Abilio Diniz, em teleconferência nesta terça-feira sobre os resultados do segundo trimestre divulgados na véspera.
O destaque do balanço do grupo ficou com o segmento alimentar, impulsionado pela conversão das bandeiras Sendas e CompreBem em Extra. De abril a junho, as vendas líquidas em alimentos totalizaram 6,2 bilhões de reais, alta de 10,4 por cento ano a ano.
"O segundo semestre costuma ser um pouco mais forte que o primeiro... Haverá pouca variação sazonal e ficará em linha com o primeiro", afirmou o vice-presidente executivo do grupo Hugo Bethlem, acrescentando que os últimos seis meses do ano tem a seu favor "meio mês mais forte" pela comemoração do Natal.
Bethlem assinalou ainda que, até o final deste ano, a companhia deve priorizar o crescimento orgânico.
Outra prioridade da maior varejista do país, segundo o presidente-executivo, Enéas Pestana, será a manutenção do controle de despesas.
No segundo trimestre, o segmento alimentar contabilizou despesas operacionais de 1,149, bilhão de reais, respondendo por 18,5 por cento das vendas líquidas, uma redução de 0,1 ponto percentual na comparação anual.
Já no consolidado do grupo, as despesas operacionais totalizaram 2,346 bilhões de reais, representando 20,8 por cento da receita líquida, 2,9 pontos percentuais acima de um ano antes, impactadas pelo processo de integração da Nova Globex.
"As despesas financeiras estão sob controle, já com tendência de queda para o terceiro trimestre. Não vamos abandonar essa prática (o controle de despesas)", afirmou Pestana.
Iniciado há cerca de um ano, o processo de integração da Nova Globex, que passou a concentrar os ativos de eletroeletrônicos do grupo, incluindo Ponto Frio, Casas Bahia e Nova Pontocom, deve ser concluído em perto de seis meses, segundo o presidente-executivo da Nova Globex, Raphael Klein.
"Estamos colhendo frutos. Retomamos a expansão orgânica com a abertura de 12 unidades, os resultados são sustentáveis e estamos muito animados para o último terço de integração", disse Klein.
A Globex encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de 7,4 milhões de reais, bem abaixo da perda de 24,2 milhões de reais vista no período imediatamente anterior.
Margens da Globex
Bethlem afirmou que a Globex deve fechar 2011 com margem Ebitda de 4 a 5,5 por cento, ante previsão divulgada no ano passado de entre 4,5 e 6 por cento. No trimestre passado, a margem Ebitda da empresa foi de 4,4 por cento.
O Pão de Açúcar informou na noite de segunda-feira que teve lucro consolidado de 91 milhões de reais entre abril e junho, comparado a 55,5 milhões de reais um ano antes e abaixo da média das estimativas de quatro analistas obtidas pela Reuters, de 108 milhões de reais.
O balanço foi apresentado quase duas semanas após o fracasso da proposta de união da companhia com os ativos do Carrefour no Brasil.
Na teleconferência desta terça-feira, Diniz se limitou a comentar que a diretoria da companhia está "focada inteiramente nos resultados a serem atingidos" e que "nenhum fator externo tem prejudicado" essa dedicação. "Estamos em clima de muita tranquilidade, a companhia está serena", acrescentou.
As ações do Pão de Açúcar operavam em queda de 1,46 por cento às 13h37, a 65,36 reais, enquanto o Ibovespa tinha desvalorização de 0,84 por cento.
São Paulo - o Grupo Pão de Açúcar prevê que a segunda metade deste ano resulte em números alinhados com os apurados no primeiro semestre, apesar do setor varejista estar sendo pressionado por um cenário de inflação e juros maiores.
"O mercado está mais desaquecido que no ano passado e sentindo mais dificuldades em vendas. Mas, apesar (do mercado estar) mais fraco, continuamos com desempenho forte", disse o presidente do Conselho de Administração da companhia, Abilio Diniz, em teleconferência nesta terça-feira sobre os resultados do segundo trimestre divulgados na véspera.
O destaque do balanço do grupo ficou com o segmento alimentar, impulsionado pela conversão das bandeiras Sendas e CompreBem em Extra. De abril a junho, as vendas líquidas em alimentos totalizaram 6,2 bilhões de reais, alta de 10,4 por cento ano a ano.
"O segundo semestre costuma ser um pouco mais forte que o primeiro... Haverá pouca variação sazonal e ficará em linha com o primeiro", afirmou o vice-presidente executivo do grupo Hugo Bethlem, acrescentando que os últimos seis meses do ano tem a seu favor "meio mês mais forte" pela comemoração do Natal.
Bethlem assinalou ainda que, até o final deste ano, a companhia deve priorizar o crescimento orgânico.
Outra prioridade da maior varejista do país, segundo o presidente-executivo, Enéas Pestana, será a manutenção do controle de despesas.
No segundo trimestre, o segmento alimentar contabilizou despesas operacionais de 1,149, bilhão de reais, respondendo por 18,5 por cento das vendas líquidas, uma redução de 0,1 ponto percentual na comparação anual.
Já no consolidado do grupo, as despesas operacionais totalizaram 2,346 bilhões de reais, representando 20,8 por cento da receita líquida, 2,9 pontos percentuais acima de um ano antes, impactadas pelo processo de integração da Nova Globex.
"As despesas financeiras estão sob controle, já com tendência de queda para o terceiro trimestre. Não vamos abandonar essa prática (o controle de despesas)", afirmou Pestana.
Iniciado há cerca de um ano, o processo de integração da Nova Globex, que passou a concentrar os ativos de eletroeletrônicos do grupo, incluindo Ponto Frio, Casas Bahia e Nova Pontocom, deve ser concluído em perto de seis meses, segundo o presidente-executivo da Nova Globex, Raphael Klein.
"Estamos colhendo frutos. Retomamos a expansão orgânica com a abertura de 12 unidades, os resultados são sustentáveis e estamos muito animados para o último terço de integração", disse Klein.
A Globex encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de 7,4 milhões de reais, bem abaixo da perda de 24,2 milhões de reais vista no período imediatamente anterior.
Margens da Globex
Bethlem afirmou que a Globex deve fechar 2011 com margem Ebitda de 4 a 5,5 por cento, ante previsão divulgada no ano passado de entre 4,5 e 6 por cento. No trimestre passado, a margem Ebitda da empresa foi de 4,4 por cento.
O Pão de Açúcar informou na noite de segunda-feira que teve lucro consolidado de 91 milhões de reais entre abril e junho, comparado a 55,5 milhões de reais um ano antes e abaixo da média das estimativas de quatro analistas obtidas pela Reuters, de 108 milhões de reais.
O balanço foi apresentado quase duas semanas após o fracasso da proposta de união da companhia com os ativos do Carrefour no Brasil.
Na teleconferência desta terça-feira, Diniz se limitou a comentar que a diretoria da companhia está "focada inteiramente nos resultados a serem atingidos" e que "nenhum fator externo tem prejudicado" essa dedicação. "Estamos em clima de muita tranquilidade, a companhia está serena", acrescentou.
As ações do Pão de Açúcar operavam em queda de 1,46 por cento às 13h37, a 65,36 reais, enquanto o Ibovespa tinha desvalorização de 0,84 por cento.