PanAmericano e BTG não detalham dívida de R$ 4 bilhões
Recursos seriam usados para tapar o rombo descoberto nas contas do banco
Tatiana Vaz
Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 21h46.
São Paulo – Nem o PanAmericano, nem o BTG detalham o que será feito com a dívida do banco de Silvio Santos, que já estaria em 4 bilhões de reais. A cifra representaria os 2,5 bilhões de reais inicialmente emprestados pelo Fundo Garantidor de Crédito, em novembro, para tapar o rombo descoberto nas contas do banco, além de 1,5 bilhão adicionais, referentes a novas estimativas de rombo, divulgadas na última semana.
Em nota à imprensa, o BTG afirma apenas que pagará 450 milhões de reais pela aquisição de 37,64% do capital total do banco, equivalente a 51% das ações ordinárias e 21,97% das preferenciais. O texto não cita o destino da dívida do PanAmericano, avaliada em 4 bilhões de reais. Procurada, assessoria de imprensa de Silvio Santos também não detalhou quem arcará com o prejuízo. Representantes do FGC não foram encontrados até o fechamento desta matéria.
O BTG Pactual dividirá com a Caixa Econômica Federal (CEF) o controle do banco. A CEF detém 49% do capital votante da instituição. Na nota à imprensa, o banco de André Esteves afirma que fechou um acordo de acionistas com a CEF. Na conclusão do negócio, está prevista uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) para os minoritários. Serão oferecidas as mesmas condições propostas ao controlador, ou seja, 4,89 reais por ação.