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País deve responder por 5% da demanda global de jatos

A presença da Embraer nesse segmento do mercado brasileiro vem crescendo

jato lineage da embraer (Divulgação)

jato lineage da embraer (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 18h01.

São José dos Campos - O mercado brasileiro deve responder por 5% da demanda mundial de jatos executivos nos próximos dez anos. A afirmação é do diretor de Vendas e Marketing da Aviação Executiva da Embraer na América Latina, Breno Corrêa. "Esperamos capturar uma parcela importante desse mercado", afirmou, sem revelar números. O executivo ressaltou, porém, que a presença da Embraer nesse segmento do mercado brasileiro vem crescendo. "Dos cerca de 700 jatos executivos existentes no Brasil, 100, ou seja, 15%, são da Embraer. Mas considerando apenas os últimos 300 que forem entregues, um terço deles foi fabricado por nós", disse.

Segundo ele, nos próximos dez anos devem ser comercializados no mundo entre 8.600 e 11.000 novos jatos executivos, o que pode representar negócios de até US$ 260 bilhões. Corrêa disse que o Brasil caminha para se tornar, em um ou dois anos, o segundo maior mercado do mundo em número de aviões executivos. Hoje, o maior é os Estados Unidos, seguido pelo México.

No ano passado, considerando o mercado global, a Embraer entregou 105 aeronaves comerciais e 99 executivas, sendo 83 jatos leves e 16 grandes. Para este ano, a estimativa é de um desempenho semelhante ao de 2011. A empresa espera entregar entre 105 e 110 jatos comerciais e entre 75 e 85 jatos executivos leves e entre 15 e 20 grandes. A projeção é de uma receita entre US$ 5,8 bilhões e US$ 6,8 bilhões. Na estimativa mais otimista, a aviação comercial deve gerar US$ 3,850 bilhões, a executiva, US$ 1,3 bilhão, e a área de Defesa e Segurança, US$ 950 milhões.

A Embraer entregou hoje, em uma cerimônia na sua sede, em São José dos Campos, no interior de São Pauli, o jato de número 100 para o Amil Resgate Saúde. Esta será a primeira versão do Phenom 300 adaptada para operação aeromédica. "Com a venda desse avião, estamos abrindo a possibilidade de uma nova área de geração de receita. O segmento aeromédico é um nicho de expressão", disse o diretor da Embraer.

O preço da aeronave entregue, no valor de tabela, é US$ 9,2 milhões. Antonio Jorge Kropf, diretor técnico da Amil, disse que o investimento total, considerando os equipamentos médicos instalados, ficou entre R$ 18 milhões e R$ 20 milhões.

Questionado sobre a decisão do governo americano de cancelar a licitação para a compra de 20 aviões Super Tucano, da Embraer, Corrêa disse que não poderia falar a respeito, já que esse é um negócio ligado a outra área da empresa, a de Defesa e Segurança.

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