Os 10 melhores chefes do mundo
Pesquisa mostra as personalidades com quem os americanos gostariam de trabalhar
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2010 às 13h07.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h39.
São Paulo – Quem nunca pensou, ao menos uma vez, em trocar o chefe atual por outro aparentemente perfeito? Foi pensando nisso que a empresa americana de recursos humanos Adecco realizou um levantamento para descobrir quem são os “chefes mais desejados”. Ao todo, 1.000 entrevistados tiveram que escolher três entre 13 líderes famosos, que seriam os chefes ideais. A lista incluiu celebridades, como a apresentadora Oprah Winfrey, políticos, como Barack Obama e George W. Bush, e executivos, como o criador do Facebook, Mark Zuckerberg. Confira a seguir a lista, divulgada pela FastCompany, dos dez chefes mais bem cotados pelo público.
Da TV direto para o escritório. Esse parece ser o desejo da maioria dos entrevistados na pesquisa, que renderam a Oprah o primeiro lugar da lista, com 37% das menções. A apresentadora, atriz e psicóloga de 56 anos é uma das personalidades mais conhecidas e bem conceituadas dos Estados Unidos – o que pode servir de explicação para sua liderança no ranking. Ela já ganhou vários prêmios Emmy - que homenageia os melhores programas televisivos - com o Oprah Winfrey Show, no ar desde 1986. Vinda de uma infância pobre no estado do Mississipi (nos Estados Unidos), Oprah se tornou a celebridade mais bem paga do país, de acordo com a revista Forbes. Em 2009, a apresentadora faturou 315 milhões de dólares, incluindo salário e ganhos com publicidade. No ano que vem, Oprah começa o Oprah's Next Chapter, um novo programa noturno de entrevistas e viagens pelo mundo, que vai ser exibido em seu novo canal por assinatura, o OWN (Oprah Winfrey Network).
Advogado de 49 anos, Barack Hussein Obama II foi o primeiro negro a ser presidente dos Estados Unidos e o segundo afro-americano a ser considerado o “chefe ideal” pelo público, atrás de Oprah Winfrey. Citado por 35% dos entrevistados, Obama foi visto como a esperança do mundo quando assumiu o cargo de maior líder dos Estados Unidos, em 2009. Sua candidatura, contra o republicano John MacCain, levou cerca de 66% dos eleitores registrados às urnas. O número foi recorde, já que o voto é facultativo no país. Após dois mandatos de George W. Bush, o povo americano se mostrou cansado das guerras travadas contra o “terror” e pediu trégua. Como um contraponto, a imagem de homem ponderado e conciliador rendeu a Obama o prêmio Nobel da Paz ainda em 2009. Em sua gestão, o presidente americano passou (e ainda passa) por dificuldades e polêmicas, como a reforma do sistema de saúde e as ações americanas em relação ao Afeganistão e ao Irã. Mesmo assim, suas políticas aparentemente não prejudicaram sua imagem.
Mais do que um empresário bem-sucedido, Donald Trump é, de fato, um “chefe ideal”. Dono de um grupo que atua nas áreas de construção civil, hotelaria e cassinos nos Estados Unidos, Trump também se destacou como showman, no centro do reality show The Apprentice (O Aprendiz). Lançado em 2004, o programa já mostrava entre 16 e 18 pessoas digladiando para ter um lugar dentro de uma das empresas de Trump. Seu sucesso como apresentador foi tão grande que a fórmula do programa foi importada em 2004 para o Brasil, com o publicitário Roberto Justus. Além de apresentador e empresário, Donald Trump também escreveu best-sellers, como A Arte da Negociação, Como Ficar Rico, Pense Como um Bilionário, Pense Grande e outros. No ranking da Adecco, ele foi aprovado por 28% dos entrevistados, aparentemente sem medo de ouvir o bordão do magnata durante os programas: “Você está demitido!”.
Ela ficou mundialmente conhecida por ser a esposa de Barack Obama, mas dificilmente estaria na quarta posição desta lista simplesmente por ser a primeira-dama dos Estados Unidos. Além de exercer as funções de esposa e mãe das duas filhas do presidente, Michelle é advogada e sempre se dedicou a questões ligadas às “minorias” – principalmente os negros. Além do exercício do Direito, Michelle atuou como assistente na prefeitura de Chicago e foi diretora executiva de uma ONG para incentivar jovens a trabalhar com causas sociais. Hoje, ao lado de Obama, apoia as políticas do marido e continua engajada na defesa dos direitos dos menos favorecidos, mas outros atributos também chamam a atenção do público. Seu estilo e senso de moda, por exemplo, é constantemente citado na mídia. Em 2007 e 2008, ela figurou na lista das pessoas mais bem vestidas do mundo, segundo a revista Vanity Fair. Por essas e outras, na lista dos melhores chefes, a primeira-dama foi citada por 26% dos pesquisados.
Mesmo depois de sair da presidência dos Estados Unidos com baixos índices de popularidade, Bush é um chefe desejado por 19% dos participantes da pesquisa. Desde o início de seu mandato como maior chefe do país, a polêmica tem seguido Bush. Um exemplo ocorreu no processo eleitoral, em 2000, contra Al Gore, quando sua vitória foi questionada sob acusação de fraude na apuração dos votos. Depois, vieram os ataques terroristas de 11 de setembro, em 2001, e as consequentes guerras do Afeganistão e do Iraque, em 2003. O furacão Katrina, em 2005, e a crise que estourou em 2007 deram o toque final a essa figura política criticada duramente pelo mundo todo. Mas não são apenas escorregões que formam a carreira de Bush. Durante seus mandatos, ele assinou vários cortes nos impostos, fez reformas no sistema de saúde e lançou o ato “Nenhuma Criança Deixada para Trás”, com foco na educação. Em janeiro deste ano, o presidente Obama anunciou a criação de um fundo americano para ajuda a vítimas do terremoto no Haiti. George W. Bush e Bill Clinton foram nomeados os coordenadores para recolher as doações.
Deve ser, no mínimo, emocionante trabalhar para o “exterminador do futuro”. Talvez seja por isso que 16% dos entrevistados escolheram Arnold Schwarzenegger como chefe ideal. Brincadeiras à parte, o consagrado ator de filmes de ação e ex-fisiculturista tem demonstrado que suas capacidades vão muito além dos músculos. Seguindo o exemplo do ex-ator e ex-presidente Ronald Reagan, Schwarzenegger se enveredou pela política e, hoje, é governador do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Republicano como Bush, está no poder desde novembro de 2003, quando foi convocado a assumir o cargo no lugar do então governador Gray Davis. Na época, enfrentou piadas e críticas, mas conseguiu a aprovação do eleitorado e se reelegeu em 2006. Atualmente, seu nome é referência nos assuntos climáticos e, às vésperas de sair do cargo, ainda não tem destino definido – nem na política, nem nas telas de cinema.
Engrossando o time do partido republicano, Sarah Palin é outra figura polêmica do cenário político americano. Lançada como vice da candidatura de John McCain contra Barack Obama, nas eleições de 2008, Sarah foi divulgada como a “carta na manga” do partido, mas não correspondeu às expectativas. A governadora do Alasca cometeu gafes em público, principalmente ligadas a política internacional, e demonstrou despreparo para ocupar o cargo de vice. Mesmo assim, ela representa uma grande fatia da população americana com princípios conservadores e tradicionalistas. Para as próximas eleições para deputado, senador e governador, no dia 2 de novembro, Sarah Palin se colocou ao lado do grupo ultraconservador Tea Party, hoje no foco político americano. Segundo a pesquisa da Adecco, 15% dos entrevistados gostariam de trabalhar para ela.
A empresária e apresentadora de TV Martha Stewart é a herdeira de Donald Trump no sucesso The Apprentice (O Aprendiz), nos Estados Unidos, veiculado em 2005. Sua aparição fez parte de uma campanha de resgate de imagem, depois de ficar cinco meses presa por mentir em uma investigação sobre a venda de suas ações da ImClone Systems, empresa de biotecnologia de um amigo. Depois da má fase, a milionária reergueu seus lucros ainda em 2006 e até hoje mantém um império no ramo editorial de revistas e livros, programas de televisão e produtos para o lar. Neste ano, Martha firmou parceria com o canal a cabo Hallmark Channel para exibir seu programa The Martha Stewart Show. Ela também fechou acordo com a Majesco Entertainment para criar um jogo de videogame, que será lançado junto com o console da 3DS Nintendo. A versatilidade de Martha Stweart parece ter atraído a atenção dos 14% que votaram nela como uma boa chefe.
Quem trabalhar para Jack Welch tem muito o que aprender com ele, seja na prática, seja nos seus livros sobre gestão e carreira. Mesmo assim, sua posição não foi muito privilegiada na lista de melhores chefes, sendo citado por 12% dos entrevistados. Ex-presidente-executivo da General Electric, Welch começou a trabalhar na empresa em 1960 até chegar ao cargo mais alto, em 1981. Há nove anos, saiu da empresa para se tornar um dos mais conhecidos consultores e palestrantes de gestão e negócios. A revista Fortune o elegeu “Executivo do Século”, e a Business Week o considera um “ícone das empresas americanas”. Ele é autor dos best sellers Jack Definitivo e Paixão por Vencer, e dirige a empresa Jack Welch, LLC, onde presta serviço de consultor. Recentemente ele ampliou o leque com o Jack Welch Management Institute, que oferece MBA online.
O criador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, aparentemente não é tão popular quanto sua rede social. Citado por 9% dos entrevistados, o jovem programador de 26 anos não precisou terminar a faculdade de Harvard para se tornar bilionário. O Facebook, criado em 2004, era restrito a alunos da faculdade, mas foi expandido e se tornou sucesso mundial, com mais de 500 milhões de usuários cadastrados. Superando o Orkut, do Google, a história do site virou um filme polêmico. "The Social Network" (A Rede Social, em tradução livre) foi lançado este mês nos Estados Unidos e está previsto para chegar ao Brasil em dezembro. O enredo gira em torno das controvérsias publicadas na biografia não-autorizada de Zuckerberg, escrita por Ben Mezrich, que afirma que o CEO do Facebook traiu o carioca Eduardo Saverin, que o teria ajudado na criação da rede e deixado de lado com o sucesso da rede. Nada foi provado, mas é fato que, pelo menos na pesquisa dos melhores chefes, Zuckerberg não está entre os mais populares.
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