Os (ótimos) motivos do Yahoo! para comprar o Summly
De olho no mercado de plataformas móveis e no público jovem, Yahoo! adota Nick D'Aloisio, de apenas 17 anos, e seu aplicativo Summly
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2013 às 19h00.
São Paulo – As aquisições no mundo da tecnologia parecem acontecer como em um passe de mágica. É o que parece ter acontecido com o Summly, aplicativo agregador de notícias para plataformas móveis, recém-adquirido pelo Yahoo! por 60 milhões de dólares.
Possivelmente, o principal ativo adquirido pelo Yahoo! , no entanto, não foi o Summly, mas o jovem Nick D’Aloisio, de apenas 17 anos. A estratégia já vinha sendo anunciada pela presidente da empresa, Marissa Mayer , que afirmou estar interessada nas chamadas acqui-hires, termo que vem sendo utilizado pelo mercado para aquisições onde os cérebros absorvidos são tão ou mais importantes que o produto em si.
Rodrigo Borges, vice-presidente e fundador da Buscapé Company, ressalta, no entanto, que o valor da operação teria sido menor caso esse fosse o único interesse do Yahoo! na plataforma de D’Aloisio. “O Yahoo! tem buscado alternativas e o Summly mostrou que consegue ganhar esse mercado e atrair muito viralmente”, diz.
Mais que isso, o aplicativo vem reforçar a estratégia de Marissa de atuar fortemente nas plataformas móveis – em especial os celulares. “Nesse caso, a aquisição do Summly apresenta também um ganho de participação de mercado”, afirma Borges.
A chegada do jovem empreendedor pode ser bastante frutífera para esta meta do Yahoo! no mercado de plataformas móveis. Borges entende que tanto a visão de mercado quanto a figura de D’Aloisio pode colocar a empresa de Mayer em vantagem. “Pelo resultado que ele mostrou, na minha percepção, o Yahoo! pode colocá-lo para trabalhar em todas as frentes mobile.”
A idade também ajuda. Aos 17 anos, D’Aloisio é empreendedor e público-alvo da marca. “Existe uma quebra de paradigma entre empresas de internet e empresas de plataformas móveis”, diz. “Essa geração de adolescentes usa mais os celulares que o computador propriamente.”
Capital humano
Para Borges, a sinergia da equipe e da gestão das startups é critério de primeira relevância na hora de escolher quais empresas o Buscapé vai absorver.
Ao contrário dos investidores anjo, que concentram energias no preço de venda da empresa, as gigantes que absorvem startup têm o objetivo de alinhar a gestão dos negócios. “Equipe e sinergia são os dois principais elementos de uma escolha”, diz.
Segundo Maurílio Alberoni, sócio da Bizstart, empresa de educação empreendedora, não é raro que o maior investimento das empresas esteja na equipe e nos gestores que atuam no negócio.
“Um time que já se mostrou capaz de construir negócios de formas rudimentares tende a ter um desempenho astronômico quando inserido dentro de uma boa estrutura”, afirma Alberoni, que destaca também o impacto e a relevância social do produto como um medidor do potencial inovador dos empreendedores.
Foi o caso do MailBox pelo Dropbox. Em menos de um mês, o Mailbox – que já tinha fila de espera de 1 milhão de pessoas para utilização – foi comprado pela bagatela de 100 milhões de dólares pelo Dropbox.
“O valor da empresa é pautado pelo impacto que o produto gerou no mercado e pelas habilidades e valores das equipes.”
Ganham ambos: dentro de uma estrutura maior, a startup alcançam maior amplitude para seus negócios. A grande empresa usufrui não só dos resultados como do engajamento da equipe e do olhar estratégico bem sucedido do pequeno empreendedor.
Por isso, não é raro que esses empreendedores absorvidos continuem no comando das operações de suas empresas de forma independente. “Em alguns casos a empresa têm pouca relação com a empresa mãe do ponto de vista de gestão”, afirma.
São Paulo – As aquisições no mundo da tecnologia parecem acontecer como em um passe de mágica. É o que parece ter acontecido com o Summly, aplicativo agregador de notícias para plataformas móveis, recém-adquirido pelo Yahoo! por 60 milhões de dólares.
Possivelmente, o principal ativo adquirido pelo Yahoo! , no entanto, não foi o Summly, mas o jovem Nick D’Aloisio, de apenas 17 anos. A estratégia já vinha sendo anunciada pela presidente da empresa, Marissa Mayer , que afirmou estar interessada nas chamadas acqui-hires, termo que vem sendo utilizado pelo mercado para aquisições onde os cérebros absorvidos são tão ou mais importantes que o produto em si.
Rodrigo Borges, vice-presidente e fundador da Buscapé Company, ressalta, no entanto, que o valor da operação teria sido menor caso esse fosse o único interesse do Yahoo! na plataforma de D’Aloisio. “O Yahoo! tem buscado alternativas e o Summly mostrou que consegue ganhar esse mercado e atrair muito viralmente”, diz.
Mais que isso, o aplicativo vem reforçar a estratégia de Marissa de atuar fortemente nas plataformas móveis – em especial os celulares. “Nesse caso, a aquisição do Summly apresenta também um ganho de participação de mercado”, afirma Borges.
A chegada do jovem empreendedor pode ser bastante frutífera para esta meta do Yahoo! no mercado de plataformas móveis. Borges entende que tanto a visão de mercado quanto a figura de D’Aloisio pode colocar a empresa de Mayer em vantagem. “Pelo resultado que ele mostrou, na minha percepção, o Yahoo! pode colocá-lo para trabalhar em todas as frentes mobile.”
A idade também ajuda. Aos 17 anos, D’Aloisio é empreendedor e público-alvo da marca. “Existe uma quebra de paradigma entre empresas de internet e empresas de plataformas móveis”, diz. “Essa geração de adolescentes usa mais os celulares que o computador propriamente.”
Capital humano
Para Borges, a sinergia da equipe e da gestão das startups é critério de primeira relevância na hora de escolher quais empresas o Buscapé vai absorver.
Ao contrário dos investidores anjo, que concentram energias no preço de venda da empresa, as gigantes que absorvem startup têm o objetivo de alinhar a gestão dos negócios. “Equipe e sinergia são os dois principais elementos de uma escolha”, diz.
Segundo Maurílio Alberoni, sócio da Bizstart, empresa de educação empreendedora, não é raro que o maior investimento das empresas esteja na equipe e nos gestores que atuam no negócio.
“Um time que já se mostrou capaz de construir negócios de formas rudimentares tende a ter um desempenho astronômico quando inserido dentro de uma boa estrutura”, afirma Alberoni, que destaca também o impacto e a relevância social do produto como um medidor do potencial inovador dos empreendedores.
Foi o caso do MailBox pelo Dropbox. Em menos de um mês, o Mailbox – que já tinha fila de espera de 1 milhão de pessoas para utilização – foi comprado pela bagatela de 100 milhões de dólares pelo Dropbox.
“O valor da empresa é pautado pelo impacto que o produto gerou no mercado e pelas habilidades e valores das equipes.”
Ganham ambos: dentro de uma estrutura maior, a startup alcançam maior amplitude para seus negócios. A grande empresa usufrui não só dos resultados como do engajamento da equipe e do olhar estratégico bem sucedido do pequeno empreendedor.
Por isso, não é raro que esses empreendedores absorvidos continuem no comando das operações de suas empresas de forma independente. “Em alguns casos a empresa têm pouca relação com a empresa mãe do ponto de vista de gestão”, afirma.