Olympus admite ter escondido perdas durante décadas
Empresa admitiu que oculta investimentos financeiros desde os anos 1980
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2011 às 13h51.
Tóquio - A japonesa Olympus admitiu na terça-feira que vem ocultando prejuízos com investimentos financeiros desde os anos 1980, sucumbindo a semanas de pressão por uma explicação para uma série de transações suspeitas que colocaram em dúvida o futuro da companhia.
As revelações da fabricante de endoscópios e câmeras que existe há 92 anos parecem ter provado as alegações que seu antigo presidente-executivo, Michael Woodford, demitido em 14 de outubro, que promoveu uma campanha para forçar a empresa a revelar a verdade sobre 1,5 bilhão de dólares em pagamentos questionáveis.
Shuichi Takayama, o presidente da Olympus, atribuiu a culpa pelos problemas a Tsuyoshi Kikukawa, que deixou a presidência do Conselho e da companhia em 26 de outubro, o vice-presidente Hisahi Mori e o auditor interno Hideo Yamada por terem ocultado as informações, e disse que estava estudando a possibilidade de apresentar queixas criminais contra eles.
"Eu não conhecia de modo algum os fatos que estou explicando a vocês agora", disse o abatido Takayama, que vinha defendendo as transações questionáveis nas semanas transcorridas desde que substituiu Kikukawa, no mês passado, em entrevista coletiva a cerca de 200 jornalistas.
"As informações que eu lhes transmiti anteriormente estavam incorretas", disse.
A Olympus informou ter constatado que o dinheiro movimentado para adquirir a Gyrus, uma fabricante britânica de equipamentos médicos, por 2,2 bilhões de dólares em 2008, havia sido utilizado para ocultar prejuízos com investimentos em títulos financeiros.
A compra da Gyrus envolveu polêmicos 687 milhões de dólares em honorários pagos a consultores financeiros, assim as aquisições, por 773 milhões de dólares, de três empresas japonesas.
O investimento nas três companhias japonesas foi contabilizado como prejuízo poucos meses depois que as transações foram concluídas.
A revelação expõe a Olympus, seu conselho e seus auditores a possíveis acusações criminais por fraude contábil, bem como a processos civis de parte de seus acionistas, disseram advogados e analistas, questionando o futuro da empresa criada em 1919 para fabricar microscópios.
Embora a Olympus não tenha fornecido detalhes concretos, Takayama disse acreditar que a companhia pode ter iniciado o esquema de ocultamento de perdas antes dos anos 1990.
Tal esquema pode ter envolvido a criação de um fundo ou veículo de propósito específico para comprar ações em queda a valores contábeis. O custo de tal esquema teria inchado com o tempo.
Tóquio - A japonesa Olympus admitiu na terça-feira que vem ocultando prejuízos com investimentos financeiros desde os anos 1980, sucumbindo a semanas de pressão por uma explicação para uma série de transações suspeitas que colocaram em dúvida o futuro da companhia.
As revelações da fabricante de endoscópios e câmeras que existe há 92 anos parecem ter provado as alegações que seu antigo presidente-executivo, Michael Woodford, demitido em 14 de outubro, que promoveu uma campanha para forçar a empresa a revelar a verdade sobre 1,5 bilhão de dólares em pagamentos questionáveis.
Shuichi Takayama, o presidente da Olympus, atribuiu a culpa pelos problemas a Tsuyoshi Kikukawa, que deixou a presidência do Conselho e da companhia em 26 de outubro, o vice-presidente Hisahi Mori e o auditor interno Hideo Yamada por terem ocultado as informações, e disse que estava estudando a possibilidade de apresentar queixas criminais contra eles.
"Eu não conhecia de modo algum os fatos que estou explicando a vocês agora", disse o abatido Takayama, que vinha defendendo as transações questionáveis nas semanas transcorridas desde que substituiu Kikukawa, no mês passado, em entrevista coletiva a cerca de 200 jornalistas.
"As informações que eu lhes transmiti anteriormente estavam incorretas", disse.
A Olympus informou ter constatado que o dinheiro movimentado para adquirir a Gyrus, uma fabricante britânica de equipamentos médicos, por 2,2 bilhões de dólares em 2008, havia sido utilizado para ocultar prejuízos com investimentos em títulos financeiros.
A compra da Gyrus envolveu polêmicos 687 milhões de dólares em honorários pagos a consultores financeiros, assim as aquisições, por 773 milhões de dólares, de três empresas japonesas.
O investimento nas três companhias japonesas foi contabilizado como prejuízo poucos meses depois que as transações foram concluídas.
A revelação expõe a Olympus, seu conselho e seus auditores a possíveis acusações criminais por fraude contábil, bem como a processos civis de parte de seus acionistas, disseram advogados e analistas, questionando o futuro da empresa criada em 1919 para fabricar microscópios.
Embora a Olympus não tenha fornecido detalhes concretos, Takayama disse acreditar que a companhia pode ter iniciado o esquema de ocultamento de perdas antes dos anos 1990.
Tal esquema pode ter envolvido a criação de um fundo ou veículo de propósito específico para comprar ações em queda a valores contábeis. O custo de tal esquema teria inchado com o tempo.