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Oi vende fatia de 25% na angolana Unitel por US$ 1 bilhão

Do montante, US$ 699 milhões entrarão no caixa da tele carioca nesta sexta. Compradora é a estatal do petróleo Sonangol

Oi: mercado acionário ainda não respondeu à confirmação da venda (Nacho Doce/Reuters)

Oi: mercado acionário ainda não respondeu à confirmação da venda (Nacho Doce/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de janeiro de 2020 às 14h07.

Rio — A Oi confirmou nesta sexta-feira a venda de sua participação na tele angolana Unitel para a estatal do petróleo Sonangol, também da Angola, como antecipou o colunista do GLOBO Lauro Jardim. A empresa carioca informou que o negócio foi de US$ 1 bilhão, dos quais US$ US$ 60,9 milhões já foram pagos e outros US$ 699,1 milhões entrarão no caixa da Oi nesta sexta-feira.

A operação já estava prevista no plano de recuperação judicial da Oi.

O negócio no país africano envolve a subsidiária indireta da tele carioca, a Africatel Holdings. Essa empresa é a controladora da holding portuguesa PT Ventures SGPS, que detém 25% da Unitel e 40% da Multitel (empresa angolana de serviços de comunicação).

O que a Sonangol comprou, de fato, foi a integralidade da PT Ventures.

O restante do valor, US$ 240 milhões, serão pagos à Africatel até 31 de julho de 2020, sendo assegurado à subsidiária da Oi um fluxo mínimo mensal de US$ 40 milhões, a partir de fevereiro de 2020.

Por ora, o mercado acionário ainda não respondeu à confirmação da venda. As ações da tele operam com queda de 0,97%.

Na véspera, com os rumores da venda, as ações dispararam e fecharam com alta de 9,04%. Somente nesta quinta, a Oi ganhou R$ 534 milhões em valor de mercado.

Em dezembro do ano passado, as negociações entre a brasileira e a estatal angolana se estreitaram.

As negociações sobre a compra se arrastavam desde 2018, com a dificuldade de um acordo sobre o preço pelas ações da Unitel. Os acionistas controladores da tele angolana queriam pagar menos à Oi.

Na negociação, a Oi também queria garantias de que poderia selar o acordo fora do país africano para superar limitações à remessa de recursos ao Brasil.

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