Oi tem prejuízo líquido R$4,42 bi no 4º trimestre
A empresa reverteu o resultado positivo obtido um ano antes diante de impactos contábeis gerados pela venda da Portugal Telecom
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2015 às 09h46.
São Paulo - O grupo de telecomunicações Oi teve prejuízo líquido consolidado de 4,42 bilhões de reais no quarto trimestre, revertendo resultado positivo de um ano antes diante de impactos contábeis gerados pela venda de ativos da Portugal Telecom.
Em termos operacionais, excluindo resultado financeiro e tributos (Ebit, na sigla em inglês), a companhia teve lucro de 2 bilhões de reais, um recuo de 17 por cento sobre o quarto trimestre de 2013, mas aumento de cerca de 81 por cento sobre o período de julho a setembro do ano passado.
A receita líquida consolidada foi de 7,32 bilhões de reais no quarto trimestre, queda de 1,7 por cento na comparação anual, com uma baixa de 5,1 por cento do segmento residencial e uma alta de 1,9 por cento de mobilidade pessoal.
A receita líquida das operações brasileiras atingiu 7,06 bilhões de reais no período, redução de 2 por cento ano contra ano.
Segundo a Oi, a baixa foi causada pela queda da receita de uso de rede, especialmente em função do corte nas tarifas de interconexão de serviços de voz móvel (VU-M), além da baixa de 6,8 por cento na base de clientes de telefonia fixa.
A receita líquida média por cliente (ARPU, na sigla em inglês) residencial atingiu 75,2 reais, alta anual de 1,8 por cento.
No segmento móvel, a ARPU foi de 18,7 reais, queda de 5,9 por cento na comparação anual.
A base pré-paga de clientes móveis atingiu 41,32 milhões de linhas no período de outubro a dezembro do ano passado, aumento de 0,7 por cento sobre o mesmo período de 2013.
Já a base de clientes nos serviços móveis pós-pagos, mais rentáveis, atingiu 7,14 milhões, crescimento de 6,4 por cento.
No ano, o prejuízo líquido da companhia foi de 4,406 bilhões de reais, frente a um lucro de 1,49 bilhão de reais em 2013. Segundo a empresa, a descontinuação das operações da Portugal Telecom gerou provisões para perdas contábeis de 4,16 bilhões em 2014, parte da qual deverá ser revertida no futuro.
"Uma parcela desta perda contábil (1,02 bilhão de reais) refere-se a ganho de variação cambial sobre o valor contábil da PT Portugal, que deverá ser revertida em lucros futuros na conclusão da operação", disse a Oi.
A operadora destacou ainda em seu relatório de resultados que o preço de venda negociado para a empresa portuguesa inclui um "earn-out" de 500 milhões de euros (1,614 bilhão de reais), que depende da performance das receitas futuras da PT Portugal.
Outros 1,53 bilhão de reais da perda estão associados ao incremento de passivos relativos ao fundo de pensão dos empregados da Portugal Telecom.
Apesar disso, a venda dos ativos da Portugal Telecom e de torres de telefonia móvel permitiu à Oi reduzir sua dívida líquida de 47,799 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2014 para 30,563 bilhões ao final de dezembro.
*Matéria atualizada às 9h46
São Paulo - O grupo de telecomunicações Oi teve prejuízo líquido consolidado de 4,42 bilhões de reais no quarto trimestre, revertendo resultado positivo de um ano antes diante de impactos contábeis gerados pela venda de ativos da Portugal Telecom.
Em termos operacionais, excluindo resultado financeiro e tributos (Ebit, na sigla em inglês), a companhia teve lucro de 2 bilhões de reais, um recuo de 17 por cento sobre o quarto trimestre de 2013, mas aumento de cerca de 81 por cento sobre o período de julho a setembro do ano passado.
A receita líquida consolidada foi de 7,32 bilhões de reais no quarto trimestre, queda de 1,7 por cento na comparação anual, com uma baixa de 5,1 por cento do segmento residencial e uma alta de 1,9 por cento de mobilidade pessoal.
A receita líquida das operações brasileiras atingiu 7,06 bilhões de reais no período, redução de 2 por cento ano contra ano.
Segundo a Oi, a baixa foi causada pela queda da receita de uso de rede, especialmente em função do corte nas tarifas de interconexão de serviços de voz móvel (VU-M), além da baixa de 6,8 por cento na base de clientes de telefonia fixa.
A receita líquida média por cliente (ARPU, na sigla em inglês) residencial atingiu 75,2 reais, alta anual de 1,8 por cento.
No segmento móvel, a ARPU foi de 18,7 reais, queda de 5,9 por cento na comparação anual.
A base pré-paga de clientes móveis atingiu 41,32 milhões de linhas no período de outubro a dezembro do ano passado, aumento de 0,7 por cento sobre o mesmo período de 2013.
Já a base de clientes nos serviços móveis pós-pagos, mais rentáveis, atingiu 7,14 milhões, crescimento de 6,4 por cento.
No ano, o prejuízo líquido da companhia foi de 4,406 bilhões de reais, frente a um lucro de 1,49 bilhão de reais em 2013. Segundo a empresa, a descontinuação das operações da Portugal Telecom gerou provisões para perdas contábeis de 4,16 bilhões em 2014, parte da qual deverá ser revertida no futuro.
"Uma parcela desta perda contábil (1,02 bilhão de reais) refere-se a ganho de variação cambial sobre o valor contábil da PT Portugal, que deverá ser revertida em lucros futuros na conclusão da operação", disse a Oi.
A operadora destacou ainda em seu relatório de resultados que o preço de venda negociado para a empresa portuguesa inclui um "earn-out" de 500 milhões de euros (1,614 bilhão de reais), que depende da performance das receitas futuras da PT Portugal.
Outros 1,53 bilhão de reais da perda estão associados ao incremento de passivos relativos ao fundo de pensão dos empregados da Portugal Telecom.
Apesar disso, a venda dos ativos da Portugal Telecom e de torres de telefonia móvel permitiu à Oi reduzir sua dívida líquida de 47,799 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2014 para 30,563 bilhões ao final de dezembro.
*Matéria atualizada às 9h46