Oi pode receber até R$ 10 bilhões de fundo, dizem fontes
Elliott Management, empresa do bilionário Paul Singer, está negociando o investimento de até R$ 10 bilhões na Oi, segundo fontes
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2016 às 15h04.
A Elliott Management, empresa de hedge fund liderada pelo bilionário Paul Singer, negocia o investimento de até R$ 10 bilhões (US$ 3 bilhões) na Oi , a empresa brasileira de telefonia que entrou com pedido de recuperação judicial , segundo duas pessoas com conhecimento direto do assunto.
Os recursos seriam separados para quitar dívidas e para investimentos, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque o assunto é privado. O objetivo é manter a empresa intacta e reduzir sua dívida de US$ 20 bilhões, disseram.
A Elliott tenta elaborar um plano de reestruturação que possa vencer as discussões com credores e acionistas. A proposta não vinculante é preliminar e o fundo ainda está realizando due diligence, disse uma das pessoas.
A empresa de Singer vê a oportunidade de agir como investidor independente porque os detentores de dívidas recusaram o plano de reestruturação da Oi, classificando-o como “desfavorável e provavelmente inaceitável” em um comunicado, no mês passado.
A Elliott, que tem sede em Nova York, preferiu não comentar.
Títulos conversíveis
A principal disputa é sobre o direito que a Oi teria, segundo seu plano de reestruturação, de resgatar os conversíveis dos detentores de títulos.
Os credores, representados pelo Moelis & Co., argumentam que a opção de resgate antecipado dá aos atuais acionistas o poder de evitar diluição em caso de a empresa conseguir se recuperar e ao mesmo tempo deixaria os investidores em títulos com um grande prejuízo se as coisas saírem mal.
A operadora com sede no Rio de Janeiro propôs a conversão de até R$ 32,3 bilhões das dívidas dos detentores de títulos em títulos conversíveis com um valor de face de R$ 10 bilhões.
Os detentores de títulos ficariam com 85 por cento da empresa se a Oi não pagasse a dívida em três anos -- deixando os atuais acionistas no controle da empresa até lá e em posição de se beneficiarem com uma possível recuperação, segundo os credores.
Dois dos maiores acionistas da Oi encerraram uma disputa legal por poder em 13 de setembro.
A Société Mondiale Fundo de Investimento em Ações, braço de investimento de Nelson Tanure, e a Pharol SGPS, maior acionista da Oi, concordaram em encerrar todas as queixas legais relacionadas a assembleias de acionistas que a Société Mondiale havia convocado para 8 de setembro, segundo comunicado da Pharol.
Tanure recebeu dois assentos no conselho e encerrou as tentativas de convocar assembleias de acionistas.
A Oi entrou com o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil em junho e em setembro apresentou proposta para fechar acordo com quase 67.000 credores.
O plano incluiu uma redução de até 70 por cento no valor de seus títulos, além de vendas de ativos, novos recursos e a possibilidade de uma fusão ou separação.
O Globo reportou na terça-feira que representantes da Elliott se reuniram com integrantes do governo federal para discutir a proposta de injetar até R$ 10 bilhões na Oi, citando pessoas não identificadas familiarizadas com o assunto.
A Elliott Management, empresa de hedge fund liderada pelo bilionário Paul Singer, negocia o investimento de até R$ 10 bilhões (US$ 3 bilhões) na Oi , a empresa brasileira de telefonia que entrou com pedido de recuperação judicial , segundo duas pessoas com conhecimento direto do assunto.
Os recursos seriam separados para quitar dívidas e para investimentos, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque o assunto é privado. O objetivo é manter a empresa intacta e reduzir sua dívida de US$ 20 bilhões, disseram.
A Elliott tenta elaborar um plano de reestruturação que possa vencer as discussões com credores e acionistas. A proposta não vinculante é preliminar e o fundo ainda está realizando due diligence, disse uma das pessoas.
A empresa de Singer vê a oportunidade de agir como investidor independente porque os detentores de dívidas recusaram o plano de reestruturação da Oi, classificando-o como “desfavorável e provavelmente inaceitável” em um comunicado, no mês passado.
A Elliott, que tem sede em Nova York, preferiu não comentar.
Títulos conversíveis
A principal disputa é sobre o direito que a Oi teria, segundo seu plano de reestruturação, de resgatar os conversíveis dos detentores de títulos.
Os credores, representados pelo Moelis & Co., argumentam que a opção de resgate antecipado dá aos atuais acionistas o poder de evitar diluição em caso de a empresa conseguir se recuperar e ao mesmo tempo deixaria os investidores em títulos com um grande prejuízo se as coisas saírem mal.
A operadora com sede no Rio de Janeiro propôs a conversão de até R$ 32,3 bilhões das dívidas dos detentores de títulos em títulos conversíveis com um valor de face de R$ 10 bilhões.
Os detentores de títulos ficariam com 85 por cento da empresa se a Oi não pagasse a dívida em três anos -- deixando os atuais acionistas no controle da empresa até lá e em posição de se beneficiarem com uma possível recuperação, segundo os credores.
Dois dos maiores acionistas da Oi encerraram uma disputa legal por poder em 13 de setembro.
A Société Mondiale Fundo de Investimento em Ações, braço de investimento de Nelson Tanure, e a Pharol SGPS, maior acionista da Oi, concordaram em encerrar todas as queixas legais relacionadas a assembleias de acionistas que a Société Mondiale havia convocado para 8 de setembro, segundo comunicado da Pharol.
Tanure recebeu dois assentos no conselho e encerrou as tentativas de convocar assembleias de acionistas.
A Oi entrou com o maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil em junho e em setembro apresentou proposta para fechar acordo com quase 67.000 credores.
O plano incluiu uma redução de até 70 por cento no valor de seus títulos, além de vendas de ativos, novos recursos e a possibilidade de uma fusão ou separação.
O Globo reportou na terça-feira que representantes da Elliott se reuniram com integrantes do governo federal para discutir a proposta de injetar até R$ 10 bilhões na Oi, citando pessoas não identificadas familiarizadas com o assunto.