Negócios

Oi pode antecipar investimentos por benefícios fiscais

Com benefícios na construção de redes de telecomunicações, empresa quer antecipar iniciativas nos próximos dois anos

A Oi também compensará a diferença de 500 milhões de reais deixará de investir em 2011, disse nesta sexta-feira seu diretor financeiro, Alex Zornig (EXAME)

A Oi também compensará a diferença de 500 milhões de reais deixará de investir em 2011, disse nesta sexta-feira seu diretor financeiro, Alex Zornig (EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 12h45.

São Paulo - A Oi pode antecipar investimentos nos próximos dois anos em vista de benefícios fiscais que o governo federal vai conceder para a construção de redes de telecomunicações.

A companhia, maior do Brasil em cobertura geográfica, também compensará a diferença de 500 milhões de reais deixará de investir em 2011, disse nesta sexta-feira seu diretor financeiro, Alex Zornig.

Na quinta-feira, após a companhia ter divulgado seus resultados financeiros do terceiro trimestre ao mercado, Zornig havia dito a jornalistas que a companhia não alcançaria a expectativa de investir 5 bilhões de reais neste ano, e que esse número ficaria em torno de 4,5 bilhões de reais.

Quando questionado se a companhia compensaria no próximo ano os 500 milhões de reais a menos a serem investidos em 2011, Zornig disse apenas que "sim".

Contudo, em vista do plano de desonerações fiscais do governo para construção de redes de telecomunicações, especialmente de fibra ótica, a Oi pode adiantar investimentos no curto prazo.

"Podemos antecipar alguns investimentos que a gente previa nos próximos dois anos em função desse incentivo fiscal, mas depende de alguns fornecedores entregarem", afirmou Zornig em teleconferência com analistas.

Os incentivos fiscais podem chegar a até 100 por cento de PIS/Cofins e exigirá uma contrapartida por parte das companhias para levar redes de comunicação --incluindo fibra ótica e rádio-- para lugares menos atendidos.

Zornig afirmou também que a Oi espera aumentar as adições líquidas de telefonia móvel no quarto trimestre, à medida que a companhia tentar compensar a queda de 2 por cento em telefonia fixa, principalmente aumentado a venda de pacotes multisserviços (incluindo banda larga e TV paga).

Além disso, a companhia encerrou seu processo de "limpeza" na base de clientes móveis, ao eliminar linhas não utilizadas por usuários que geravam custos para a operadora.


Reestruturação

O executivo salientou ainda que a reestruturação da companhia deve retomar o passo em breve, após um atraso de 25 dias ocasionado por problemas no laudo econômico da Telemar --o que impossibilita a companhia de convocar as assembleias de acionistas para aprovar o plano de reorganização societária.

"Até o final de janeiro, mais tardar, a gente vai estar com esse assunto resolvido", afirmou o diretor financeiro.

A reestruturação envolve unificar as bases acionárias do grupo, atualmente divididas em três companhias abertas e sete diferentes classes e espécies de ações negociadas, em uma única empresa com duas espécies diferentes de ações. A expectativa é gerar visibilidade e redução de custos com a nova estrutura.

Às 13h19, as ações preferenciais TNLP4 da Oi eram negociadas a 18,95 reais, queda de 2,4 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa ganhava 0,36 por cento.

Acompanhe tudo sobre:3GBrasil TelecomEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas portuguesasImpostosIncentivos fiscaisInvestimentos de empresasOiOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU