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Oi celebra contrato de exclusividade por venda da PT

O contrato foi celebrado com o grupo Altice e vale por um período de até 90 dias

Portugal Telecom: proposta considera um valor de empresa de 7,4 bilhões de euros (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 06h50.

São Paulo - A operadora Oi celebrou um contrato de exclusividade com o grupo europeu de telecomunicações Altice por um período de até 90 dias para negociação dos termos finais da venda dos ativos da Portugal Telecom SGPS (PT Portugal), conforme fato relevante divulgado nesta segunda-feira.

A companhia brasileira informou que a proposta da Altice considera um valor de empresa de 7,4 bilhões de euros (9,2 bilhões de dólares), excluindo caixa e dívida, e inclui um pagamento diferido de 500 milhões de euros relacionado à geração futura de receita da PT Portugal.

Os dois lados vão levar três semanas para finalizar a aquisição e completar a diligência contábil.

A Altice bateu uma oferta rival dos fundos de private equity Apax e Bain, e agora irá adicionar outro país ao seu portfólio de empresas de serviços móveis e a cabo na França, Israel e República Dominicana, entre outros.

Controlada pelo bilionário empresário franco-israelense Patrick Drahi, a Altice completou sua aquisição de maior porte na última quinta-feira através da compra pela sua subsidiária francesa Numericable, de serviços a cabo, da operadora de telefonia móvel SFR.

O acordo com a Oi marca o desenrolar efetivo da malfadada fusão com a Portugal Telecom , que foi fundamentalmente afetada após o lado português perder centenas de milhões de euros no escândalo bancário da família Espírito Santo no país. A Altice já possui duas empresas a cabo de pequeno porte em Portugal.

A compra da PT Portugal, antigo monopólio estatal, irá posicioná-la em um posto privilegiado para competir com Vodafone e Optimus.

A companhia vai usar caixa e novas dívidas para financiar a oferta. A venda dos ativos portugueses da Oi também poderá fazer avançar a debatida consolidação móvel no Brasil, onde a Oi é a maior provedora de telefonia fixa e terceira maior em telefonia móvel.

A Oi tem trabalhado em um plano para se juntar a rivais para comprar e, em seguida, repartir a TIM Participações, segunda maior operadora móvel do país.

Mas a Oi precisa vender alguns ativos para reduzir o peso da sua dívida, atualmente em cerca de 46 bilhões de reais, e ganhar musculatura financeira para participar da oferta pela TIM, que é controlada pela Telecom Italia.

Uma fonte com conhecimento direto da situação disse à Reuters no mês passado que Oi, Telefónica e América Móvil - as duas últimas donas da Vivo e da Claro, respectivamente, no Brasil - vão fazer uma oferta de 32 bilhões de reais pela TIM, para depois dividir o negócio entre si.

A oferta poderá ser apresentada dias após o acordo envolvendo a Portugal Telecom ser confirmado, disseram analistas e profissionais do mercado financeiro.

Segundo a Oi, não fazem parte da proposta da Altice os investimentos da PT Portugal na Africatel e Timor Telecom, o endividamento da PT Portugal e os investimentos na Rio Forte Investments.

*Matéria atualizada às 7h49

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São Paulo - A operadora Oi celebrou um contrato de exclusividade com o grupo europeu de telecomunicações Altice por um período de até 90 dias para negociação dos termos finais da venda dos ativos da Portugal Telecom SGPS (PT Portugal), conforme fato relevante divulgado nesta segunda-feira.

A companhia brasileira informou que a proposta da Altice considera um valor de empresa de 7,4 bilhões de euros (9,2 bilhões de dólares), excluindo caixa e dívida, e inclui um pagamento diferido de 500 milhões de euros relacionado à geração futura de receita da PT Portugal.

Os dois lados vão levar três semanas para finalizar a aquisição e completar a diligência contábil.

A Altice bateu uma oferta rival dos fundos de private equity Apax e Bain, e agora irá adicionar outro país ao seu portfólio de empresas de serviços móveis e a cabo na França, Israel e República Dominicana, entre outros.

Controlada pelo bilionário empresário franco-israelense Patrick Drahi, a Altice completou sua aquisição de maior porte na última quinta-feira através da compra pela sua subsidiária francesa Numericable, de serviços a cabo, da operadora de telefonia móvel SFR.

O acordo com a Oi marca o desenrolar efetivo da malfadada fusão com a Portugal Telecom , que foi fundamentalmente afetada após o lado português perder centenas de milhões de euros no escândalo bancário da família Espírito Santo no país. A Altice já possui duas empresas a cabo de pequeno porte em Portugal.

A compra da PT Portugal, antigo monopólio estatal, irá posicioná-la em um posto privilegiado para competir com Vodafone e Optimus.

A companhia vai usar caixa e novas dívidas para financiar a oferta. A venda dos ativos portugueses da Oi também poderá fazer avançar a debatida consolidação móvel no Brasil, onde a Oi é a maior provedora de telefonia fixa e terceira maior em telefonia móvel.

A Oi tem trabalhado em um plano para se juntar a rivais para comprar e, em seguida, repartir a TIM Participações, segunda maior operadora móvel do país.

Mas a Oi precisa vender alguns ativos para reduzir o peso da sua dívida, atualmente em cerca de 46 bilhões de reais, e ganhar musculatura financeira para participar da oferta pela TIM, que é controlada pela Telecom Italia.

Uma fonte com conhecimento direto da situação disse à Reuters no mês passado que Oi, Telefónica e América Móvil - as duas últimas donas da Vivo e da Claro, respectivamente, no Brasil - vão fazer uma oferta de 32 bilhões de reais pela TIM, para depois dividir o negócio entre si.

A oferta poderá ser apresentada dias após o acordo envolvendo a Portugal Telecom ser confirmado, disseram analistas e profissionais do mercado financeiro.

Segundo a Oi, não fazem parte da proposta da Altice os investimentos da PT Portugal na Africatel e Timor Telecom, o endividamento da PT Portugal e os investimentos na Rio Forte Investments.

*Matéria atualizada às 7h49

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