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Oi aceita Portugal Telecom apenas como minoritária

Para empresa brasileira, o capital não tem pátria, mas o controle fica nas mãos dos brasileiros

Loja da Oi: empresa não recusa a entrada do capital da Portugal Telecom (.)

Loja da Oi: empresa não recusa a entrada do capital da Portugal Telecom (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - A Oi não se opõe à entrada de capital da Portugal Telecom (PT) na "supertele" brasileira. "Se vier (a PT), é mais um acionista que é bem-vindo. Não desmente a história da empresa brasileira. Essa é uma ideia antiga de que o capital tem pátria", disse Alex Zornig, diretor de Relações com Investidores da Oi. "A grande empresa brasileira está sendo construída pelos brasileiros. Pode ter acionistas estrangeiros, desde que não divida o controle", afirmou.

O executivo fez questão de deixar claro, porém, que desconhece qualquer negociação entre as duas empresas e de frisar que, caso existisse, ocorreria em outro nível: no bloco de controle, o que foge à sua esfera de atuação. Fontes do mercado veem a possibilidade de entrada da PT na Oi como prova de que a estratégia da aprovação da compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi para a formação de uma supertele nacional, na verdade, não foi tão bem-sucedida.

Na visão de alguns especialistas, a operadora brasileira tornou-se extremamente dependente das "benesses" do governo, tanto por meio de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em condições privilegiadas, quanto por meio de decisões "inéditas" da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A mais recente foi a autorização para que a Oi não tenha de devolver o código de longa distância 14, que pertence à Brasil Telecom. Essa condição havia sido imposta na época da anuência prévia, que deu o sinal verde da agência para a concretização do negócio entre as concessionárias.

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