Exame Logo

OGX demite presidente-executivo e um diretor, diz fonte

As demissões dos executivos devem-se ao processo de reestruturação da endividada petroleira do empresário Eike Batista, segundo a fonte

OGX: procurada, companhia disse que não comentaria o assunto (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 20h17.

Rio de Janeiro - O Conselho de Administração da OGX demitiu nesta terça-feira o presidente-executivo da petroleira Luiz Eduardo Carneiro e o diretor jurídico José Faveret, disse à Reuters uma fonte a par do assunto.

As demissões dos executivos devem-se ao processo de reestruturação da endividada petroleira do empresário Eike Batista, segundo a fonte, que acrescentou que a Angra Partners --que assessora na reorganização do grupo EBX, de Eike-- assumirá com mais ênfase a gestão da petroleira.

Procurada, a OGX disse que não comentaria o assunto.

A diretoria liderada por Carneiro decidiu exercer no começo de setembro uma opção contra Eike para que ele injete até 1 bilhão de dólares na companhia, que está negociando com detentores de bônus para evitar o que seria o maior calote corporativo da história da América Latina. Eike está questionando a opção e disse que poderá recorrer à Câmara de Arbitragem.

Carneiro também foi voz contrária à demissão do ex-diretor financeiro da OGX Roberto Bernardes Monteiro, anunciada em 20 de setembro.

A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.

Com pouco dinheiro disponível e fracasso em sua campanha exploratória até agora, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de 280 milhões de reais ao governo por direitos exploratórios.

Em 1o de outubro, a OGX optou por não pagar juros sobre bônus no exterior no valor de cerca de 45 milhões de dólares, referentes à dívida de 1,1 bilhão de dólares em títulos com vencimento em 2022. A OGX tem até o início de novembro "para adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida".

No total, apenas em bônus no mercado internacional a OGX tem dívida de 3,6 bilhões de dólares.

A OGX contratou como assessores o banco Lazard e o grupo de investimentos Blackstone para coordenar as discussões com os detentores de bônus.

Veja também

Rio de Janeiro - O Conselho de Administração da OGX demitiu nesta terça-feira o presidente-executivo da petroleira Luiz Eduardo Carneiro e o diretor jurídico José Faveret, disse à Reuters uma fonte a par do assunto.

As demissões dos executivos devem-se ao processo de reestruturação da endividada petroleira do empresário Eike Batista, segundo a fonte, que acrescentou que a Angra Partners --que assessora na reorganização do grupo EBX, de Eike-- assumirá com mais ênfase a gestão da petroleira.

Procurada, a OGX disse que não comentaria o assunto.

A diretoria liderada por Carneiro decidiu exercer no começo de setembro uma opção contra Eike para que ele injete até 1 bilhão de dólares na companhia, que está negociando com detentores de bônus para evitar o que seria o maior calote corporativo da história da América Latina. Eike está questionando a opção e disse que poderá recorrer à Câmara de Arbitragem.

Carneiro também foi voz contrária à demissão do ex-diretor financeiro da OGX Roberto Bernardes Monteiro, anunciada em 20 de setembro.

A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.

Com pouco dinheiro disponível e fracasso em sua campanha exploratória até agora, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de 280 milhões de reais ao governo por direitos exploratórios.

Em 1o de outubro, a OGX optou por não pagar juros sobre bônus no exterior no valor de cerca de 45 milhões de dólares, referentes à dívida de 1,1 bilhão de dólares em títulos com vencimento em 2022. A OGX tem até o início de novembro "para adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida".

No total, apenas em bônus no mercado internacional a OGX tem dívida de 3,6 bilhões de dólares.

A OGX contratou como assessores o banco Lazard e o grupo de investimentos Blackstone para coordenar as discussões com os detentores de bônus.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoEmpresasGás e combustíveisgestao-de-negociosIndústria do petróleoOGpar (ex-OGX)OGXP3PetróleoReestruturação

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame