Funcionário da OGX, do Grupo EBX: também as projeções de despesas operacionais foram elevadas, principalmente em função de custos logísticos adicionais (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 10h33.
São Paulo - A OGX, atualmente denominada Óleo e Gás Participações, fez atualização de projeções para seu campo Tubarão Martelo, dentro do acordo concluído com credores internacionais.
Conforme o documento entregue nesta quinta-feira, 26, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a OGX "refinou" premissas das projeções de longo prazo para Tubarão Martelo em relação às anteriormente apresentadas, em outubro.
As principais mudanças são o aumento no preço do óleo de US$ 98 por barril (bbl) para US$ 103/bbl. A companhia justifica o aumento para refletir preços a serem atingidos para o primeiro óleo e consistentes com o relatório da DeGolyer and MacNaugton (D&M). O volume de produção continua previsto em 127 milhões de bbl.
Também as projeções de despesas operacionais foram elevadas, principalmente em função de custos logísticos adicionais, de US$ 6,612 bilhões como apresentado em outubro para US$ 7,020 bilhões de novembro em diante.
Já na parte de investimentos (capex) houve redução e ajustes foram feitos no cronograma de desembolso. O capex passa de US$ 1,003 bilhão para atuais US$ 879 milhões.
O documento também menciona entre as principais mudanças nas premissas em comparação com outubro "pagamentos para fornecedores críticos requeridos para completar Tubarão Martelo", entre os quais GE, Petrobras e outros provedores logísticos.
As projeções de fluxo de caixa de Tubarão Martelo incluem seis meses de produção em Tubarão Azul, despesas operacionais em adição a taxa diária de afretamento da plataforma OSX-3 de US$ 370 mil, além de US$ 75 milhões de receita (US$ 62 milhões em maio/14 e US$ 13 milhões em julho14) e despesas operacionais relacionadas de US$ 29 milhões até julho de 2014, bem como US$ 82 milhões de custos de abandono a serem pagos em janeiro de 2015.
A empresa frisa que as projeções não foram examinadas por auditores e são "indicações futuras".
Ainda sobre Tubarão Martelo, a OGX admite que a Petronas terminou seu acordo de farm-out relativo a uma participação de 40% e diz que está "atualmente avaliando suas alternativas legais".
Dias atrás, em reunião com analistas e investidores da Apimec no Rio, a companhia disse que iria entrar em processo de arbitragem internacional contra a Petronas pela rescisão da compra de 40% em participação nos blocos BM-C-39 e BM-C-40 na Bacia de Campos.