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OGX anuncia queda de 40,4% na produção de óleo e gás

Produção da petroleira do grupo de Eike Batista atingiu a média de 13,7 mil barris


	Funcionário da OGX: no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, o tombo da produção foi de 90,7%
 (Divulgação)

Funcionário da OGX: no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, o tombo da produção foi de 90,7% (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 21h47.

Rio e São Paulo - A OGX, petroleira do grupo de Eike Batista, anunciou nesta quinta-feira, 08, a produção de óleo e gás de julho, que registrou queda de 40,4% em relação ao mês anterior, atingindo a média de 13,7 mil barris. No campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, o tombo foi de 90,7%. O campo, que chegou a ser apresentado como a principal aposta da companhia, com estimativa de reserva de 110 milhões de barris, produziu apenas 900 barris de barris de óleo equivalente (associado ao gás) por dia. No mês anterior, Tubarão Azul já havia decepcionado, com produção de 9,7 mil barris/dia.

No início de julho, a OGX surpreendeu o mercado com a informação de que não dispunha de tecnologia capaz de viabilizar investimentos adicionais no Campo de Tubarão Azul e que os três poços em operação poderiam cessar a produção já no ano que vem. Nesta quinta, pouco antes de registrar, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o relatório de produção, a OGX fez outro comunicado ao mercado, esclarecendo declarações de Eike Batista em artigo recentemente publicado na imprensa. No texto, o empresário justificava as expectativas feitas por ele e que animaram investidores a injetar bilhões na petroleira.

"Eu não investi na indústria do petróleo sem me cercar daqueles que eu e o mercado entendíamos estar entre os mais capacitados profissionais com que se podia contar", disse, argumentando que prognósticos de certificadoras, como a DeGolyer & MacNaughton (D&M) haviam atestado que "a OGX possuiria recursos aproximados de 10,8 bilhões de barris de petróleo equivalente (incluídos recursos contingenciais e prospectivos)".

No esclarecimento ao mercado, a OGX novamente fez referência aos contratos para auditoria dos seus recursos "junto a renomadas certificadoras". E alegou que o volume de reservas anunciado decorreu de um cálculo pouco utilizado na indústria de petróleo: a soma dos recursos potenciais, prospectivos e contingentes. "A soma das quantidades dessas diversas categorias foi realizada pelo então Diretor Geral e de Exploração da Companhia em 2011, a título ilustrativo", diz o texto do comunicado, sem citar o nome do executivo Paulo Mendonça, que ocupava o cargo na ocasião.

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