Eike Batista: o objetivo desse pedido de esclarecimento é analisar os eventuais impactos na condução das atividades das empresas, e na relação com seus investidores (Jonathan Alcorn/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 13h18.
São Paulo - A Óleo e Gás Participações (OGPar) e a CCX Carvão da Colômbia pediram esclarecimentos ao empresário Eike Batista e à 9 West Finance, afiliada do Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, sobre as condições do acordo de transferência de ações da OSX Brasil e da CCX, respectivamente, do empresário para o fundo.
Segundo comunicado divulgado ao mercado na noite desta terça-feira, 19, o objetivo desse pedido de esclarecimento é analisar os eventuais impactos na condução das atividades das empresas, e na relação com seus investidores.
Na última sexta-feira (15), Eike assinou contratos vinculantes para passar ao fundo 90 milhões de ações ordinárias da OSX, correspondentes a 28,79% do capital total, e 4,5 milhões de papéis ON da CCX, que representam 26,45% do capital. As ações são detidas de forma direta e indireta pelo empresário, por meio de suas afiliadas Centennial Asset Mining Fund LLC e Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC.
O acordo envolve ainda 31.130.324 de ações ordinárias da MMX, que representam 21,04% do capital social, e 371.046.088 ações ordinárias da OGPar, em recuperação judicial, que representam 11,47% do capital social.
Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ao transferir suas ações em quatro empresas para o Mubadala, Eike deixará de receber o salário anual de US$ 5 milhões que vinha caindo em sua conta desde 2014, quando firmou um acordo com os árabes.
Segundo fontes próximas ao empresário, o pró-labore será cortado quando a transferência das ações for concretizada nos próximos meses. Ela também extinguiria de vez a dívida total de US$ 2 bilhões de Eike com o fundo.