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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
De acordo com o presidente da Net, José Antônio Felix, a proposta da Embratel mostra o reconhecimento dos acionistas ao trabalho feito pela empresa.
"Eu não posso falar nada sobre a oferta, mas não vejo nenhuma mudança caso no dia 9 (de setembro) ela seja bem-sucedida. O comando da Net não muda", disse o executivo, referindo-se à data prevista para o leilão de compra das ações da companhia pela Embratel.
"A Net é uma empresa bem posicionada em termos de tecnologia. Em termos de capilaridade, ela é complementar ao que a Embratel tem, daí a beleza de toda essa parceria e a facilidade com que a gente trabalha com a Embratel", explicou Felix a jornalistas nesta terça-feira, falando sobre os negócios de telefonia fixa que as duas empresas operam juntas.
Na quinta-feira passada, 5 de agosto, a Embratel --controlada pelo bilionário mexicano Carlos Slim-- fez uma proposta pelas ações preferenciais da Net, sem direito a voto. Ele busca unificar seus negócios no mercado brasileiro, onde já controla a operadora de telefonia móvel Claro, segunda maior do Brasil em número de usuários.
Se todos os acionistas da Net aderirem à oferta, a operação movimentará 4,58 bilhões de reais.
Slim já tem presença no capital votante da Net, mas a legislação o impede de ter o controle --empresas de TV por assinatura no Brasil não podem ter como acionista majoritário um estrangeiro, mas um projeto de lei pode mudar isso.
A GB Empreendimentos e Participações tem 51 por cento das ações ordinárias da Net. Nessa holding, a Telmex, de Slim, tem 100 por cento de participação sem direito a voto e 49 por cento do capital votante. As Organizações Globo, da família Marinho, detêm 51 por cento do capital votante da GB --caracterizando, portanto, controle nacional da Net.
Além disso, a Embratel possui 35,8 por cento das ações ordinárias e 5,4 por cento das preferenciais da Net.
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