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Odebrecht: Recursos de venda em projeto podem ficar no Peru

A Odebrecht mantém conversações com o fundo canadense Brookfield e estatal chinesa CNPC para vender sua fatia de 55% num projeto

Odebrecht: "Se a Odebrecht vender suas participação no Gasoduto do Sul, o dinheiro torna-se garantia no caso de haver eventos de corrupção" (Vanderlei Almeida/AFP)
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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 21h08.

Lima - O Peru pode reter os recursos da venda da participação da Odebrecht num projeto de gasoduto enquanto a companhia é investigada por pagamento de subornos no país, disse o governo local nesta segunda-feira.

A Odebrecht mantém conversações com o fundo canadense Brookfield e estatal chinesa CNPC para vender sua fatia de 55 por cento num projeto de mais de 5 bilhões de dólares para construir um gasoduto no Peru, segundo fontes próximas da negociação.

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Os outros parceiros do projeto são a espanhola Enagas , com 25 por cento; e a Grana y Montero, do Peru, com 20 por cento.

"Se a Odebrecht vender suas participação no Gasoduto do Sul, o dinheiro torna-se garantia no caso de haver eventos de corrupção", disse o ministro da Economia Alfredo Thorne, em entrevista à estação de televisão local Canal N.

O presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski disse recentemente que a maior construtora da América Latina deve devolver ao Peru o dinheiro pago em subornos para ganhar obras públicas de 2005 a 2014.

A Odebrecht reconheceu ter pago 29 milhões de dólares em subornos no Peru, no contexto de um acordo judicial abrangente entre a empresa e o tribunal dos EUA.

O porta-voz da Odebrecht em Lima disse que a empresa não vai comentar as declarações do ministro.

Na semana passada, os promotores peruanos e a Odebrecht chegaram a um acordo preliminar, no qual a empresa promete devolver 8,9 milhões de dólares e fornecer informações "relevantes", que serve para identificar funcionários envolvidos em um esquema de corrupção no país.

Thorne disse que a Odebrecht tem de vender sua participação no projeto antes de 24 de janeiro, prazo para que um grupo de bancos internacionais conceda aos parceiros do projeto um empréstimo de 4,125 bilhões de dólares para financiar a construção do gasoduto de 1.134 quilômetros.

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