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Oaktree entra na disputa pela Renova Energia, dizem fontes

A Oaktree pagaria 170 milhões de reais pela fatia de 16% da Light na Renova, além de injetar outros 1,2 bilhão de reais na companhia

Light: a proposta também envolve o refinanciamento de empréstimos bancários da Renova que vencem neste ano (Dado Galdieri/Bloomberg)

Light: a proposta também envolve o refinanciamento de empréstimos bancários da Renova que vencem neste ano (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2017 às 15h33.

São Paulo - A Oaktree Capital Management entrou na briga pela aquisição do controle da Renova Energia, com uma proposta que injetaria dinheiro novo e ajudaria a refinanciar parte das dívidas da empresa de energia renovável que vencem neste ano, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto nesta quarta-feira.

As fonte disseram que a Oaktree pagaria 170 milhões de reais pela fatia de 16 por cento da Light na Renova, além de injetar outros 1,2 bilhão de reais na companhia, diluindo os demais integrantes do bloco de controle.

A proposta também envolve o refinanciamento de empréstimos bancários da Renova que vencem neste ano, liberando garantias, segundo as fontes.

A Oaktree, com sede em Los Angeles, o maior investidor do mundo em empresas em reestruturação, entra na disputa do controle da Renova contra a canadense Brookfield Asset Management.

Na terça-feira, a Renova confirmou reportagem da Reuters de que a Brookfield fez uma oferta não vinculante pelo controle da companhia.

A competição pela Renova mostra que investidores estrangeiros têm visto a indústria de energia renovável brasileira como resistente, mesmo diante da maior crise econômica do país.

A empresa de geração limpa Omega, por exemplo, espera movimentar até 2 bilhões de reais em uma oferta primária e secundária de ações em julho.

Renova e Oaktree não comentaram imediatamente. A Light negou-se a fazer comentários.

As ações da Renova aceleraram ganhos após a publicação da notícia pela Reuters, e subiam 3,6 por cento por volta das 14:45 desta quarta-feira.

Segundo uma das fontes, que falou sob a condição de anonimato, as propostas não vinculantes de Brookfield e Oaktree dão igual tratamento aos acionistas minoritários, que poderão vender suas ações por meio de mecanismo de "tag-along". O "tag-along" será baseado na proporção de ações ordinárias e preferenciais que formam cada Unit da Renova.

A Renova tem passado por enormes dificuldades de caixa nos últimos anos, e chegou a paralisar obras de um parque eólico na Bahia devido à falta de recursos.

A entrada de um novo sócio injetando capital na companhia possibilitaria à Light sair da Renova e reduziria a participação dos demais sócios controladores, Cemig e RR Participações.

A Cemig e a RR Participações não comentaram.

A transação com a Oaktree poderia reduzir as dívidas de curto prazo da Renova em 6 por cento, além de elevar seu capital em ao menos 13 por cento, dependendo da conclusão das obras do parque eólico Alto Sertão III, disse uma das fontes.

Isso porque a Oaktree poderia ajudar a Renova a refinanciar todas suas dívidas de curto prazo ou rolar um empréstimo com o banco estatal Banco do Brasil, disse a fonte.

As condições de financiamento para a Renova, que foi fundada em 2001, têm piorado significativamente desde o fracasso de uma parceria com a norte-americana SunEdison no final de 2015, após a elétrica estrangeira entrar com pedido de proteção contra credores nos EUA.

A Reuters publicou ainda em abril do ano passado que a Renova buscava um novo sócio para injetar capital na companhia.

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