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O produto deles cresceu tanto que virou um negócio de R$ 2,6 milhões

O Runflow começou dentro do IFTL; seis meses depois, já superava o faturamento da edtech

Edmee Moreira, Danrley Morais e Mariana Pastorelli, do Runflow: produto que virou negócio próprio cresce 33% ao mês

Edmee Moreira, Danrley Morais e Mariana Pastorelli, do Runflow: produto que virou negócio próprio cresce 33% ao mês

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 12h00.

Após criar uma comunidade de educação corporativa, o IFTL lança uma startup com produto próprio: o Runflow, plataforma B2B para empresas operarem agentes de IA.

A história começou dentro do próprio IFTL (sigla para Instituto de Formação em Tecnologia e Liderança) fundado em 2023 como uma edtech voltada à formação de líderes em tecnologia e inteligência artificial.

A ideia dos três fundadores — Edmee Moreira, Danrley Morais e Mariana Pastorelli — era preparar terreno: formar uma comunidade e ganhar musculatura para, em seguida, lançar um produto próprio.

“No meio de 2024, percebemos uma demanda clara por agentes de IA enterprise, com mais controle, integração e resultado de verdade. Começamos criando um agente para uso interno e, quando vimos, ele já estava sendo pedido por outros clientes”, diz Moreira, CEO do Runflow.

Agora, o Runflow já nasce com R$ 2,6 milhões em receita anual recorrente (ARR) e projeta encerrar 2025 com R$ 3,6 milhões, crescendo 33% ao mês e operando no azul.

Spin-off com DNA corporativo

O Runflow começou como uma unidade de negócio dentro do IFTL. Em janeiro de 2025, virou produto. Seis meses depois, já superava o faturamento da edtech e se tornou uma spin-off.

Hoje, atende 15 empresas e prevê terminar o ano com 20 clientes ativos, entre elas PX Ativos Judiciais, Grupo Osten e Grupo Cornélio Brennand.

A proposta é dar às empresas uma plataforma para criar, orquestrar e acompanhar agentes de IA que automatizam tarefas em áreas como vendas, jurídico, financeiro e atendimento.

Para os times técnicos, a plataforma oferece conectores prontos e integração com sistemas como SAP, Totvs e Salesforce.

Já os times de negócio têm acesso a dashboards em tempo real para ajustar prompts, calibrar dados e acompanhar resultados.

“Conseguimos criar agentes até 11 vezes mais rápido do que métodos tradicionais. Isso significa menos tempo desenvolvendo e mais tempo focado em retorno”, afirma Danrley Morais, CTO da empresa.

O trio que já conhece o caminho

Não é a primeira experiência do trio de fundadores no empreendedorismo. Moreira e Moraes criaram a plataforma de integração LinkAPI e posteriormente venderam ela para a Semantix em 2021.

Na reta final, Pastorelli entrou para tocar a área de operações e finanças, enquanto Edmee era responsável por vendas e marketing, e Danrley, pelo time de engenharia.

Juntos, venderam a LinkAPI para a Semantix por R$ 100 milhões em 2021.

Após cumprirem o período de transição, decidiram empreender novamente, mas com outra estratégia.

Primeiro construíram o IFTL, com foco em educação corporativa. Depois, lançaram o Runflow com base em dores reais de mercado.

“Eu vendo, o Danrley constrói e a Mariana garante que tudo funcione”, diz Moreira. “É um tripé complementar que já passou pelo ciclo completo: criação, crescimento e saída. Agora, queremos escalar algo ainda maior, com impacto prático e sustentável.”

Enquanto o IFTL segue ativo como braço de formação, o Runflow será a frente de tecnologia aplicada.

O objetivo é consolidar a plataforma como um sistema operacional de IA dentro das empresas. E, para isso, eles apostam menos em hype e mais em entrega.

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