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O plano 360° da Audi para ser a líder no Brasil

A montadora tem projetos para cada área, da produção à pós-venda, para alcançar a liderança do setor premium no Brasil

Audi: a montadora tem projetos da produção à pós-venda, para alcançar a liderança do setor premium no Brasil (Divulgação/Audi)

Karin Salomão

Publicado em 6 de abril de 2015 às 17h58.

São Paulo - “Toda crise tem um vencedor”. Esse é o mote de Jörg Hofmann, presidente da Audi no Brasil, para continuar investindo no Brasil mesmo em um momento de crise econômica.

Com um plano de longo prazo e que abarca todas as facetas do negócio, da produção à pós-venda, ele quer chegar a 30 mil unidades vendidas até 2020.

Em 2014, as vendas cresceram da Audi 86,6% no Brasil, em relação ao ano passado. Já no primeiro trimestre de 2015, a montadora vendeu 3.444 carros no Brasil, 22% a mais que no ano passado. Em março, as vendas cresceram 60%.

Um dos planos da empresa – tanto no Brasil quanto globalmente – é ultrapassar a BMW no segmento de carros de luxo. Por aqui, ela conseguiu superar a concorrente em fevereiro e março.

Para navegar contra a corrente de cortes de custos e queda nas vendas, “nós não simplesmente apertamos um botão”, disse o presidente. “Temos um plano amplo e de longo prazo de investimentos para o Brasil”.

Modelos

Aos poucos, Hofmann quer trazer toda a linha da Audi para o país. “Fazemos muitos ajustes específicos para o Brasil”, diz Hofmann.

Um dos exemplos é o A6 com quatro cilindros. Hoje, o modelo é vendido no país na versão de seis cilindros, mas o motor com quatro cilindros poderia se adaptar melhor a grandes cidades, que têm mais trânsito.

Fabricação

A ampliação da linha de produção da fábrica de São José dos Pinhais, Paraná, já está praticamente pronta e as vendas devem começar em setembro deste ano.

Com investimento de R$ 500 milhões, a nova linha garantirá a produção de 26 mil carros por ano até 2020. Serão produzidos os modelos A3 e Q3. Hofmann afirma que, inicialmente, os preços não irão baixar, continuando “tão competitivos quanto estão agora”.

Porém, os consumidores terão outras vantagens com a produção local. Uma delas é a flexibilidade e rapidez na entrega. O tempo de espera para a chegada de um modelo personalizado pode cair de três meses para duas semanas.

Peças

Outra vantagem da fabricação no Brasil é aumentar o estoque de peças de reposição e diminuir o tempo de entrega. Para conseguir dar conta do estoque, a Audi aumentou em 117% a capacidade de armazenamento do centro de distribuição de peças, que fica em Jundiaí, São Paulo.

Concessionárias

Para 2015, o plano é abrir mais 10 concessionárias, depois de inaugurar 12 no ano passado. Até 2017, serão 70, com foco no interior do país. Reformar as lojas antigas também está nos projetos.

Hoje, cada concessionária vende, em média, 250 carros. Apesar do aumento do número de lojas, o objetivo é que, até 2017, a média seja de 500 carros por local.

Treinamento

Com o crescimento rápido nas concessionárias, “temos que ser muito cuidadosos para que todos os nossos clientes tenham a mesma experiência em todas as lojas”, diz o presidente. Para isso, a empresa irá inaugurar, em abril, o novo centro de treinamento, na zona sul da cidade de São Paulo.

Internamente, também quer engajar mais seus funcionários. Para que eles se identifiquem mais com a marca, a montadora oferece um financiamento diferenciado. Agora, a maior parte dos funcionários está dirigindo um Audi, segundo o presidente, “tendo acesso a algo que eles não conseguiriam pagar”.

Financiamento

A tendência atual, de oferecer financiamento de carros com juros a 0%, é “muito difícil, cara e ridiculamente louca”, diz Hofmann.

Para conseguir contornar esse problema, a empresa criou um novo conceito: o Audi Pass. O programa de financiamento exige apenas de a 20% de entrada, mais 23 parcelas referentes a apenas 30% do valor do veículo. A 24º parcela fica à critério do cliente: fazer o pagamento dos 50% restantes ou oferecer para a recompra em uma concessionária Audi.

Esse modelo é mais sustentável para a companhia e atrai mais consumidores.

Serviços

Ano passado, lançaram o programa Audi Service Express. As três primeiras revisões de qualquer modelo serão realizadas em menos de uma hora.

Com a diminuição do tempo de espera, as concessionárias conseguem fazer de sete a oito revisões por dia, ao invés de duas a três. O serviço já está disponível em são Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, e Belo Horizonte.

Carros Usados

Para Hofmann, o segmento de venda de carros usados é bastante incipiente no Brasil, e muito pouco profissional. Segundo ele, na Alemanha, a maior parte do faturamento vem de serviços e de usados, enquanto no Brasil carros novos lideram as receitas.

Para se aproximar mais do modelo europeu, a companhia lançou o Audi Aproved Plus, programa de revenda. Na concessionária, os carros terão uma área de destaque, serão revisados – o cliente recebe um check list de tudo o que foi verificado no automóvel – e terão até garantia.

Já disponível em Blumenau e Curitiba, o programa estará na maioria das concessionárias Audi até 2016.

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Com um plano de longo prazo e que abarca todas as facetas do negócio, da produção à pós-venda, ele quer chegar a 30 mil unidades vendidas até 2020.

Em 2014, as vendas cresceram da Audi 86,6% no Brasil, em relação ao ano passado. Já no primeiro trimestre de 2015, a montadora vendeu 3.444 carros no Brasil, 22% a mais que no ano passado. Em março, as vendas cresceram 60%.

Um dos planos da empresa – tanto no Brasil quanto globalmente – é ultrapassar a BMW no segmento de carros de luxo. Por aqui, ela conseguiu superar a concorrente em fevereiro e março.

Para navegar contra a corrente de cortes de custos e queda nas vendas, “nós não simplesmente apertamos um botão”, disse o presidente. “Temos um plano amplo e de longo prazo de investimentos para o Brasil”.

Modelos

Aos poucos, Hofmann quer trazer toda a linha da Audi para o país. “Fazemos muitos ajustes específicos para o Brasil”, diz Hofmann.

Um dos exemplos é o A6 com quatro cilindros. Hoje, o modelo é vendido no país na versão de seis cilindros, mas o motor com quatro cilindros poderia se adaptar melhor a grandes cidades, que têm mais trânsito.

Fabricação

A ampliação da linha de produção da fábrica de São José dos Pinhais, Paraná, já está praticamente pronta e as vendas devem começar em setembro deste ano.

Com investimento de R$ 500 milhões, a nova linha garantirá a produção de 26 mil carros por ano até 2020. Serão produzidos os modelos A3 e Q3. Hofmann afirma que, inicialmente, os preços não irão baixar, continuando “tão competitivos quanto estão agora”.

Porém, os consumidores terão outras vantagens com a produção local. Uma delas é a flexibilidade e rapidez na entrega. O tempo de espera para a chegada de um modelo personalizado pode cair de três meses para duas semanas.

Peças

Outra vantagem da fabricação no Brasil é aumentar o estoque de peças de reposição e diminuir o tempo de entrega. Para conseguir dar conta do estoque, a Audi aumentou em 117% a capacidade de armazenamento do centro de distribuição de peças, que fica em Jundiaí, São Paulo.

Concessionárias

Para 2015, o plano é abrir mais 10 concessionárias, depois de inaugurar 12 no ano passado. Até 2017, serão 70, com foco no interior do país. Reformar as lojas antigas também está nos projetos.

Hoje, cada concessionária vende, em média, 250 carros. Apesar do aumento do número de lojas, o objetivo é que, até 2017, a média seja de 500 carros por local.

Treinamento

Com o crescimento rápido nas concessionárias, “temos que ser muito cuidadosos para que todos os nossos clientes tenham a mesma experiência em todas as lojas”, diz o presidente. Para isso, a empresa irá inaugurar, em abril, o novo centro de treinamento, na zona sul da cidade de São Paulo.

Internamente, também quer engajar mais seus funcionários. Para que eles se identifiquem mais com a marca, a montadora oferece um financiamento diferenciado. Agora, a maior parte dos funcionários está dirigindo um Audi, segundo o presidente, “tendo acesso a algo que eles não conseguiriam pagar”.

Financiamento

A tendência atual, de oferecer financiamento de carros com juros a 0%, é “muito difícil, cara e ridiculamente louca”, diz Hofmann.

Para conseguir contornar esse problema, a empresa criou um novo conceito: o Audi Pass. O programa de financiamento exige apenas de a 20% de entrada, mais 23 parcelas referentes a apenas 30% do valor do veículo. A 24º parcela fica à critério do cliente: fazer o pagamento dos 50% restantes ou oferecer para a recompra em uma concessionária Audi.

Esse modelo é mais sustentável para a companhia e atrai mais consumidores.

Serviços

Ano passado, lançaram o programa Audi Service Express. As três primeiras revisões de qualquer modelo serão realizadas em menos de uma hora.

Com a diminuição do tempo de espera, as concessionárias conseguem fazer de sete a oito revisões por dia, ao invés de duas a três. O serviço já está disponível em são Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, e Belo Horizonte.

Carros Usados

Para Hofmann, o segmento de venda de carros usados é bastante incipiente no Brasil, e muito pouco profissional. Segundo ele, na Alemanha, a maior parte do faturamento vem de serviços e de usados, enquanto no Brasil carros novos lideram as receitas.

Para se aproximar mais do modelo europeu, a companhia lançou o Audi Aproved Plus, programa de revenda. Na concessionária, os carros terão uma área de destaque, serão revisados – o cliente recebe um check list de tudo o que foi verificado no automóvel – e terão até garantia.

Já disponível em Blumenau e Curitiba, o programa estará na maioria das concessionárias Audi até 2016.

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