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O clube dos US$ 15 trilhões: fortuna global cresce 13% em 2025

Com 2.900 nomes, elite bilionária controla US$ 15,8 trilhões; 2025 teve explosão de fortunas herdadas e criadas do zero

Bilionários: número aumentou neste ano (Julia Kuznetsova/Getty Images)

Bilionários: número aumentou neste ano (Julia Kuznetsova/Getty Images)

Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 09h26.

A concentração de riqueza global atingiu novo patamar em 2025. Segundo o relatório Billionaire Ambitions, da UBS, o mundo passou a contar com 2.900 bilionários, somando um patrimônio de US$ 15,8 trilhões. O salto foi de 13% em relação a 2024, impulsionado por heranças recordes, valorização de ativos e a criação de 196 novas fortunas self-made.

Foi o segundo maior número anual de novos bilionários desde 2015. Os setores variam de tecnologia a infraestrutura, passando por biociência, criptoativos, consumo e energia. A maior parte dessas fortunas emergiu nos Estados Unidos e na China.

A era das grandes heranças

Pela primeira vez, a quantidade de bilionários que herdaram fortunas ultrapassou 90 em um único ano. Foram 91 novos bilionários por herança, que juntos receberam US$ 298 bilhões. Trata-se do maior volume já registrado pela UBS.

Entre os herdeiros, 15 são membros de duas famílias do setor farmacêutico na Alemanha. A maioria das transferências patrimoniais ocorreu nos EUA, com destaque também para Índia, França, Suíça e Alemanha. Nos próximos 15 anos, a UBS estima que mais de US$ 5,9 trilhões em patrimônio serão repassados para filhos de bilionários.

Fronteiras em movimento

O estudo mostra ainda um novo padrão de mobilidade da elite. Cerca de 35% dos bilionários já se mudaram de país pelo menos uma vez, e 9% consideram se relocalizar. Os principais destinos são Suíça, Emirados Árabes, Singapura e Estados Unidos.

Na Suíça, um plebiscito realizado em 2025 rejeitou uma proposta de taxar heranças acima de US$ 62 milhões em 50%. A medida foi considerada por críticos como um risco para a competitividade do país na atração de riqueza global.

Um clube cada vez mais fechado

O levantamento é baseado em dados da UBS e da PwC sobre 47 mercados. Também inclui entrevistas com 87 bilionários, que relataram preocupações com inflação, geopolítica e tarifas — variando conforme a região. A atratividade de investir na América do Norte caiu de 81% para 63% em um ano.

A nova configuração do clube dos bilionários mostra uma elite cada vez mais concentrada, intergeracional, internacionalizada — e, acima de tudo, blindada.

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