Fibria: apesar de dobrar seu valor em um ano, a empresa também encara desvalorização na bolsa brasileira
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 06h19.
Última atualização em 29 de janeiro de 2018 às 07h17.
Enquanto a bolsa brasileira chegou a um novo patamar recorde, de 85.000 pontos, com a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância, uma das estrelas da bolsa, a fabricante de celulose Fibria, que divulga seus resultados anuais hoje, vive um momento particular.
A companhia, a maior do mundo em seu segmento, dobrou de valor em um ano, para 29 bilhões de reais, mas caiu 2% na semana passada, enquanto a bolsa valorizou 5%.
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A principal explicação está no dólar, que caiu 1,9% na semana, para 3,14 reais, também influenciado pela decisão judicial contra o ex-presidente, que afasta a possibilidade de que ele seja eleito presidente em dezembro. Como uma das principais exportadoras do país, a Fibria tende a se beneficiar do dólar forte.
A empresa também encara desafios em seu negócio. Acostumada a dominar o setor, e conhecida como uma campeã de sustentabilidade, a empresa ano passado perdeu em setembro a disputa pela concorrente Eldorado Celulose para o grupo asiático-holandês Paper Excellence.
A Fibria havia confirmado interesse na companhia por meio de nota. Agora, a própria Fibria virou alvo de aquisição pela Paper Excellence.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o grupo contratou o banco BTG Pactual para negociar a compra da companhia brasileira.
A notícia pega a Fibria num bom momento operacional. No terceiro trimestre a companhia anunciou lucro de 742 milhões de reais, quase 26 vezes acima do resultado alcançado um ano antes. O faturamento no trimestre cresceu 24%, para 2,84 bilhões de reais.
Uma nova fábrica, em Três Lagoas (MS), colocou a companhia num novo ciclo de expansão com menos necessidade de investimentos.
Os números de hoje devem confirmar o bom momento operacional. Os desafios, e as oportunidades, da Fibria, estão em outros campos.