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Telecom Italia quer manter fatia na TIM Brasil, diz jornal

TIM fornece um terço da receita do grupo, mas Telecom Italia ainda não descarta uma venda


	TIM: autoridades brasileiras estão preocupadas com a competição no mercado local
 (Lianne Milton/Bloomberg)

TIM: autoridades brasileiras estão preocupadas com a competição no mercado local (Lianne Milton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 08h35.

Milão - A Telecom Italia é a favor de manter sua fatia de controle na unidade brasileira TIM Participações, já que esta fornece um terço da receita do grupo, mas não descarta uma venda, disse o presidente do Conselho Giuseppe Recchi ao jornal italiano Il Sole 24 Ore.

Recchi disse que a TIM deu à empresa italiana acesso a 70 milhões de clientes. A empresa é a segunda maior operadora móvel no Brasil em participação de mercado após a Vivo, da espanhola Telefónica. "Vender, para todo mundo, é sempre uma opção, isso depende do preço", disse o executivo ao jornal em uma entrevista publicada nesta quarta-feira. "Para nós (a TIM Brasil) é fonte de um terço de nossas receitas, é estratégica." A Telecom Italia não pôde ser encontrada de imediato para comentar.

As declarações de Rechi ecoam as feitas pelo presidente-executivo da empresa, Marco Patuano, que tem afirmado repetidamente que a unidade brasileira não está à venda.

As autoridades brasileiras estão preocupadas com a competição no mercado local já que a Telefónica também é acionista na Telecom Italia.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu em dezembro que a Telefónica deve se desfazer de suas participações direta e indireta na TIM ou reduzir sua fatia na controlada Vivo.

A decisão foi tomada após a Telefónica fazer um acordo com um grupo de investidores financeiros italianos para elevar sua fatia na Telecom Italia para quase 15 por cento.

Recchi descartou a possibilidade de que a disputa resultaria na Telecom Italia sendo forçada a vender a TIM Brasil.

"Eu vejo probabilidade perto de zero para esse cenário", disse ele.

Recchi também minimizou especulações de que o grupo pode encontrar problemas para concluir a venda de 960 milhões de dólares da unidade na Argentina, que aguarda aprovação de reguladores argentinos.

"Nós ainda não chegamos ao fim do prazo (de agosto)", disse ele, em referência ao cronograma definido no contrato. O executivo acrescentou que a empresa está "confiante" sobre a conclusão da venda.

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