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Shell pretende aumentar presença no país e atuar no pré-sal

Na semana passada, o CEO mundial da Shell, Ben van Beurden, esteve no Brasil, reforçando a aposta da companhia no mercado brasileiro


	O presidente da Shell no Brasil, André Araujo, destacou que gostaria de ter a “opção” de operar na camada pré-sal
 (Paul Ellis/AFP)

O presidente da Shell no Brasil, André Araujo, destacou que gostaria de ter a “opção” de operar na camada pré-sal (Paul Ellis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 09h54.

Rio - A anglo-holandesa Shell, segunda maior petroleira do mundo, está de olho na 13ª Rodada de licitações de campos de petróleo e gás, prevista para outubro pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural de Biocombustíveis (ANP).

Ao reafirmar na terça-feira, 30, a disposição da companhia em ampliar sua presença no mercado brasileiro, o presidente da Shell no Brasil, André Araujo, destacou que gostaria de ter a “opção” de operar na camada pré-sal, caso a obrigatoriedade de a Petrobras ser operadora única seja retirada do marco regulatório, como propõe projeto do senador José Serra (PSDB-SP), debatido no Senado.

“A 13a Rodada, sem dúvida, é uma oportunidade a analisar. Já definimos um time interno bastante sólido para avaliar as informações que a ANP divulgou”, afirmou Araujo na terça-feira, em evento promovido pela Shell no Rio.

Segundo o edital lançado pela ANP no mês passado, a 13ª rodada de concessões deverá ocorrer no dia 7 de outubro, oferecendo 266 áreas, em dez bacias sedimentares: Amazonas, Parnaíba, Recôncavo e Potiguar, Sergipe-Alagoas, Jacuípe, Espírito Santo, Campos, Camamu-Almada e Pelotas.

Araujo comentou que, semana passada, o CEO mundial da Shell, Ben van Beurden, esteve no Brasil, reforçando a aposta da companhia no mercado brasileiro.

Maior fatia

Ao anunciar, em abril, a aquisição da britânica BG, além de consolidar o posto de segunda maior petroleira do mundo, atrás da americana ExxonMobil, a Shell passou a responder por 16% da produção atual no pré-sal brasileiro e por 6% da produção nacional de petróleo e gás. O mercado brasileiro foi destaque no negócio de cerca de US$ 69 bilhões.

Questionado sobre a possível retirada da obrigatoriedade de a Petrobras ter pelo menos 30% e ser operadora de todos os consórcios de exploração no pré-sal, Araujo respondeu que “a Shell sempre se posiciona a favor de ter opções”. “Parte dessas opções é ser operadora”, disse Araujo, ressaltando que não comentaria sobre mudanças no marco regulatório. “Trabalhamos com partilha em vários lugares do mundo. Estamos bastante satisfeitos com a Petrobrás como operadora de Libra.”

No dia seguinte ao anúncio do corte de 37% nos investimentos da Petrobras, o presidente da Shell recusou-se a comentar sobre a concorrência. Mesmo sobre o interesse nos ativos que a estatal colocou à venda, Araujo limitou-se a dizer que poderão ser analisados como todas as oportunidades de negócios.

Já o secretário geral do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), Milton Costa Filho, avaliou que A redução dos investimentos da Petrobras resultam num plano de negócios “mais realista e mais lógico”. “Fico otimista de ver que o plano colocado vai poder gerar a recuperação da empresa, no curto ou médio prazo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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