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PDG tem prejuízo de R$174,7 milhões no 3º trimestre

Ebitda foi de 111,5 milhões de reais entre julho e setembro, avanço de 64 por cento na comparação anual


	Obra da PDG, em São Paulo: prejuízo de 174,7 milhões de reais no terceiro trimestre
 (Jonne Roriz/EXAME)

Obra da PDG, em São Paulo: prejuízo de 174,7 milhões de reais no terceiro trimestre (Jonne Roriz/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 20h30.

Rio de Janeiro - A construtora e incorporadora PDG Realty aumentou o prejuízo no terceiro trimestre na comparação anual, mas deu início ao processo de desalavancagem com geração de caixa no período, movimento que deverá ser acentuado nos próximos trimestres.

O prejuízo, de 174,7 milhões de reais entre julho e setembro, foi maior que o resultado negativo de 111,3 milhões de reais um ano antes e também ficou acima da média das projeções de analistas obtidas pela Reuters de perda de 95,8 milhões de reais.

"Na parte operacional, apesar do desaquecimento geral da economia, conseguimos um importante desempenho de vendas no trimestre, ajudado pela campanha 'Na Ponta do Lápis', realizada em 14 cidades de todo o Brasil no mês de agosto", disse a PDG em seu relatório de resultados.

A prioridade foi a venda de estoques de unidades prontas ou a serem entregues nos próximos meses, o que possibilita o recebimento do repasse no curto prazo.

No terceiro trimestre, as vendas brutas caíram 5,5 por cento na comparação anual, para 768 milhões de reais. Desconsiderando os distratos, as vendas líquidas subiram 141,3 por cento, para 666 milhões de reais.

A companhia notou uma desaceleração no volume de distratos, que totalizaram 102 milhões, abaixo da média dos trimestres anteriores, de 210 milhões de reais. Um ano antes, o cancelamento de contratos havia sido de 537 milhões de reais.

A PDG lançou quatro projetos durante o trimestre, sendo dois em São Paulo e dois no Rio de Janeiro, com valor geral de vendas de 256 milhões de reais, sem considerar parceiros, um aumento de 35,4 por cento no ano a ano.

"Embora o terceiro trimestre tenha sido marcado por um cenário econômico mais desafiador, com incertezas eleitorais e queda na confiança do consumidor, concentramos nossos lançamentos em empreendimentos de baixo risco comercial", disse a PDG.

Desta forma, a receita líquida da PDG teve leve alta de 2,1 por cento, a 1,094 bilhão de reais.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 111,5 milhões de reais entre julho e setembro, avanço de 64 por cento na comparação anual.

A PDG deu início no trimestre ao seu ciclo de geração de caixa, de 173 milhões de reais no período, revertendo o consumo de caixa do primeiro semestre e totalizando um saldo positivo de 6 milhões no acumulado do ano.

Também foi concluído o processo de rolagens de dívidas corporativas, com a companhia equacionando todas as necessidades de refinanciamento até o final de 2014.

"Com o início da geração de caixa, que se acentuará nos próximos trimestres, estamos entrando em um longo ciclo de readequação de nossa estrutura de capital", disse a PDG, acrescentando que o terceiro trimestre marca a conclusão da primeira etapa de sua reestruturação.

Segundo a PDG, a previsão é de uma "significativa desalavancagem" no balanço nos próximos dois anos. A empresa encerrou setembro com dívida líquida de 7 bilhões de reais.

A relação de dívida líquida sobre o patrimônio líquido subiu para 60,4 por cento, ante 60 por cento ao fim do segundo trimestre.

A companhia passa por um processo de transição de acordo com seu plano de negócios anunciado em 2013, que prevê lançamentos anuais de 5 bilhões a 6 bilhões de reais a partir de 2015.

Texto atualizado às 21h30min do mesmo dia.

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