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O que está por dentro da fusão entre Bayer e Monsanto

Duas gigantes dos setores agrícola e químico fecharam um acordo de fusão na quarta-feira, um negócio de US$ 66 bilhões

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	Monsanto: duas gigantes dos setores agrícola e químico fecharam um acordo de fusão na quarta-feira, um negócio de US$ 66 bilhões
 (Daniel Acker/Bloomberg)

Monsanto: duas gigantes dos setores agrícola e químico fecharam um acordo de fusão na quarta-feira, um negócio de US$ 66 bilhões (Daniel Acker/Bloomberg)

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Lydia Mulvany

Publicado em 15 de setembro de 2016 às, 18h30.

Duas gigantes dos setores agrícola e químico fecharam um acordo de fusão na quarta-feira, um negócio de US$ 66 bilhões: a Monsanto, dos EUA, e a Bayer, da Alemanha, a fabricante original da aspirina.

Trata-se do maior negócio do ano, que criará a maior fornecedora de sementes e químicos agrícolas do mundo, com US$ 26 bilhões em receita anual combinada da agricultura.

Se concretizada, a fusão juntará duas companhias com longas e célebres histórias que moldaram o que comemos, os medicamentos que tomamos e como cultivamos nossos alimentos.

Bayer: passado e presente

Em 1863, dois amigos que produziam corantes a partir do alcatrão de hulha criaram a Bayer, que se transformou em uma empresa química e farmacêutica famosa por comercializar a heroína como remédio para tosse em 1896, e depois a aspirina, em 1899.

A empresa foi contratada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e usou trabalhos forçados. Atualmente, a empresa com sede em Leverkusen, na Alemanha, fabrica medicamentos e tem uma unidade de ciências agrícolas que produz maconha e pesticidas.

Sua meta é dominar os mercados de químicos e medicamentos para pessoas, plantas e animais.

Monsanto: passado e presente

A Monsanto, fundada em 1901, originalmente produzia aditivos alimentares como a sacarina antes de expandir-se para produtos industriais químicos, farmacêuticos e agrícolas.

É famosa por produzir alguns químicos controversos e altamente tóxicos, como os bifenilos policlorados, comumente conhecidos como PCBs e atualmente banidos, e o herbicida agente laranja, que foi usado pelo exército dos EUA no Vietnã.

A empresa comercializou o herbicida Roundup nos anos 1970 e começou a desenvolver milho e sementes de soja geneticamente modificados nos anos 1980. Em 2000 surgiu uma nova Monsanto a partir de uma série de fusões corporativas.

A empresa agrícola definitiva

Recentemente a Monsanto tentou se posicionar entre os fazendeiros como uma empresa química e de sementes completa. A ideia é usar informação diretamente dos campos para descobrir exatamente quando, onde e como os fazendeiros devem aplicar produtos químicos no cultivo para ter uma colheita maior.

O acordo se concretizará?

A transação seria a maior da história da agricultura, mas não é certa, porque podem surgir obstáculos antitruste. A combinação de Bayer e Monsanto formaria o maior ator de um setor com apenas três megaempresas ainda restantes.

Além disso, o acordo pode enfrentar reações na Alemanha, onde a maior parte dos cidadãos questiona se é seguro consumir e cultivar alimentos modificados.

Futuro da agricultura?

Devido ao domínio da Monsanto no ramo de sementes e à força da Bayer no segmento de químicos agrícolas, as empresas poderão vender aos fazendeiros um abrangente conjunto de pesticidas e sementes geneticamente modificadas.

A Monsanto também investiu no emergente setor de agricultura de precisão, que é uma forma dos fazendeiros descobrirem exatamente a quantidade de fertilizante ou o tipo de semente que devem usar.

Isso é possível por meio da coleta e da análise de dados sobre o clima e o cultivo em seus campos em níveis cada vez mais frequentes e detalhados.

A Monsanto e a Bayer argumentam que a ampliação das safras possibilitada pelo uso desses métodos será necessária para alimentar a crescente população mundial, que gera uma demanda maior por carne e produtos lácteos.

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