Negócios

O que a OSX vai tentar para não ter o mesmo fim que a OGX

Empresa de construção naval de Eike Batista está buscando alternativas para não pedir recuperação judicial

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 15h31.

São Paulo - Embora rumores apontem que a OSX, empresa de construção naval do grupo EBX, possa ter o mesmo fim que a OGX, petroleira do grupo, a companhia de Eike Batista está correndo contra o tempo para evitar o pedido de recuperação judicial.

Como precisa levantar recursos para impedir um possível processo de falência, uma das opções da companhia seria vender pelo menos três de suas plataformas e quitar dívidas com vencimentos de curto prazo. Com a operação, a OSX teria condições de levantar pelo menos 1 bilhão de dólares.

A operação, no entanto, demanda tempo e o prazo da OSX está curto, uma vez que precisa até a próxima semana apresentar soluções para evitar o processo de recuperação judicial.

Caso consiga negociar as plataformas, o montante não é suficiente para quitar todos os seus débitos, mas acalmaria os ânimos dos credores da empresa, pelo menos por enquanto. Até junho deste ano, a OSX somava dívidas de 5,3 bilhões de reais e tinha cerca de 800 milhões de reais disponíveis em caixa.

Como estratégia mais rápida, o estaleiro de Eike estaria também buscando o apoio de instituições financeiras e até parceiros da companhia para conseguir dinheiro imediatamente, uma vez que precisa honrar dívidas em atrasos e que já estão sendo cobradas judicialmente. 


De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, desta quinta-feira, a OSX está tentando levantar cerca de 400 milhões de reais e o montante poderia vir de três diferentes fontes: de uma parceria com o grupo espanhol Dragados no porto do Açu, de um empréstimo junto aos bancos Santander e Votorantim e com a venda de equipamentos.

Apoio do BNDES

Se depender do BNDES, um dos credores da empresa, ela não tem razões para pedir recuperação judicial. Segundo Luciano Coutinho, presidente do banco, a OSX tem ativos valiosos e precisa apenas de tempo para encontrar uma estratégia sensata para o seu atual problema.

Coutinho falou hoje com a imprensa após participar de reunião na Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), no Rio de Janeiro, e sinalizou que deve renovar o prazo do empréstimo-ponte do estaleiro. A companhia tem o financiamento de 418 milhões de reais com o BNDES, a dívida vence no fim de novembro.

Nenhum vínculo com a OGX

A OSX foi criada para ser a principal fornecedora de plataformas e embarcações para a OGX. Nesta semana, no entanto, a companhia anunciou o cancelamento dos acordos com a petroleira, alegando atraso no pagamento. Por meio de comunicado, a OSX disse que deve entrar na justiça para receber o dinheiro devido.

Até mesmo a postura de se desvincular da OGX pode apontar que a OSX não pretende seguir os mesmo passos que a irmã mais velha.

Acompanhe tudo sobre:Eike BatistaEmpresáriosEmpresasGás e combustíveisIndústria do petróleoMMXOGpar (ex-OGX)OSXPersonalidadesPetróleo

Mais de Negócios

Sentimentos em dados: como a IA pode ajudar a entender e atender clientes?

Como formar líderes orientados ao propósito

Em Nova York, um musical que já faturou R$ 1 bilhão é a chave para retomada da Broadway

Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Mais na Exame