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Na crise, 65% das empresas cortam investimentos em inovação

De acordo com pesquisa da Amcham, a grande pressão por resultados é a principal justificativa para os cortes.


	Inovação: 39% das companhias dizem que podem retomar os investimentos caso a economia melhore
 (Wavebreakmedia/iStock)

Inovação: 39% das companhias dizem que podem retomar os investimentos caso a economia melhore (Wavebreakmedia/iStock)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 2 de maio de 2016 às 15h03.

São Paulo - Por conta da crise econômica, 65% das empresas que atuam no país reduziram os investimentos em inovação, segundo pesquisa da Amcham (Câmara Americana de Comércio).

O levantamento ouviu dirigentes de cem companhias de grande e médio porte, durante o lançamento de um programa de competividade da organização, no dia 15 de abril.

De acordo com o estudo, a grande pressão por resultados é a principal justificativa para os cortes.

Entre as empresas que reduziram os investimentos, 39% dizem que podem retomá-los caso a economia melhore. Outras 26% não tem previsão de voltar a apostar em inovação no curto prazo.

Já entre as que não desaceleraram os investimentos, 25% disseram que aumentaram o orçamento para pesquisa e desenvolvimento, 22% adotaram práticas de open innovation, 13% buscaram parcerias com universidades e 7% compraram startups inovadoras.

Mudanças

Ainda conforme o material, os empresários acreditam que a principal medida que deve ser tomada para estimular o ambiente de pesquisa e desenvolvimento no país é a desburocratização de processos, tanto internos quanto externos, citada por 69%.

Outros 13% acham que falta incentivo a startups, 13% querem mais apoio à realização de parcerias com universidades e 4% pedem a continuidade do programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, que envia estudantes brasileiros a instituições de ensino internacionais.

Produtividade

Para 39% dos executivos entrevistados, o principal entrave à produtividade no país é a carga tributária. A qualificação da mão de obra (mecionada por 27%), o baixo nível de inserção no comércio global (10% e o custo de capital (8%) aparecem na sequência. 

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