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MRV tem lucro abaixo do esperado

Empresa, no entanto, vê melhora na rentabilidade a partir do final do ano


	MRV: o lucro líquido no período foi de 79 milhões de reais, queda de 32,1 % sobre o resultado um ano antes
 (Germano Lüders/EXAME.com)

MRV: o lucro líquido no período foi de 79 milhões de reais, queda de 32,1 % sobre o resultado um ano antes (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 21h38.

São Paulo - A MRV Engenharia teve um recuo de mais de 30 % no lucro líquido no primeiro trimestre, resultado abaixo das expectativas do mercado e da própria companhia, que no entanto, vê melhora na rentabilidade a partir do final do ano.

O lucro líquido no período foi de 79 milhões de reais, queda de 32,1 % sobre o resultado um ano antes. A média das estimativas obtidas pela Reuters apontava para um lucro de 125,3 milhões de reais.

"(...)Não estamos satisfeitos com os resultados entregues neste primeiro trimestre. Entendemos que este não é o nível de rentabilidade normalizado da companhia", informou a empresa na noite desta segunda-feira.

Essa melhora deve ser percebida, a partir do final de 2013 e início de 2014, sobretudo por causa do longo ciclo do setor e das normas contábeis do setor, disse à Reuters o vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa.

"Tivemos uma receita um pouco menor em função de uma correção menor do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção)…, um volume um pouco menor de unidades construídas e um volume um pouco maior de distratos", afirmou o executivo, mencionando um maior rigor da companhia na concessão dos financiamentos.

No primeiro trimestre foram distratadas 2.209 unidades (232,6 milhões de reais a valor de contrato), sendo 96 % causados por desenquadramento de renda. Distrato é cancelamento de contrato, geralmente por falta de aprovação de algum item.

A companhia manteve sua expectativa de superar, em 2013, o desempenho de lançamentos e vendas na comparação com 2012, além de manter o nível da operação no patamar de 40 mil unidades neste ano.

"O tamanho da operação, da companhia, é mais ou menos deste tamanho. Eu não quero ir para 60 mil, 70 mil. Eu primeiro quero consolidar a companhia, o resultado, a geração de caixa neste patamar. Aí depois, se for o caso, a gente volta a pensar em crescimento", afirmou o executivo.


Corrêa não vê um ambiente negativo para o setor. Segundo ele, o mercado continua forte e os preços, bons para a companhia, que já apresentou vendas mais fortes no primeiro trimestre.

A MRV já havia anunciado, em abril, vendas contratadas de 1,095 bilhão de reais entre janeiro e março, alta de 34 % sobre o mesmo período do ano passado. Os lançamentos no período foram de 754 milhões de reais, um avanço de 17,1 %.

A receita líquida da MRV caiu 6,3 % ano a ano, para 830 milhões de reais, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 129 milhões de reais no período, um recuo de 32,8 %.

A margem passou de 19 % para 15,5 %.

O banco de terrenos fechou o trimestre em 22,9 bilhões de reais, um tamanho considerado ideal pela companhia, com reposição à medida em que houver lançamentos.

A MRV fechou o primeiro trimestre com caixa de 62 milhões de reais. "A expectativa é que a gente vá apresentando números melhores ao longo do ano", afirmou Corrêa.

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