São Paulo - O ano de 2015 tem sido difícil para o varejo, já que os consumidores, com menos dinheiro no bolso e insegurança em relação aos seus empregos, têm gastado bem menos que nos anos anteriores. Como resposta, algumas redes do setor estão tendo de fechar algumas lojas, consideradas pouco rentáveis, ou até se despedir do país de vez. Reunimos algumas das empresas que fizeram isso - até agora. Confira a seguir.
As vendas mais fracas fizeram com que a Via Varejo, empresa de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar, tivesse resultados menores no último trimestre. Por consequência, a companhia anunciou que irá fechar 28 lojas Ponto Frio e outras 3 da Casas Bahia, iniciativa que faz parte do seu plano de reestruturação. O processo de fechamento de lojas já havia começado antes. Até julho, a Via Varejo já havia fechado 19 lojas.
A rede de bolsas, acessórios e sapatos Shoestock fechou duas de suas quatro lojas neste ano. As lojas de Moema e Vila Olímpia, ambas na Zona Sul da capital, permanecem abertas. As vendas pela web também chegaram ao fim. No site da empresa ficou apenas uma mensagem de agradecimento da marca às clientes.
Em julho foi a vez da C&A fechar duas lojas, uma no shopping Anália Franco, na zona leste de São Paulo, e outra no BarraShoppingSul, em Porto Alegre. Na ocasião, a companhia afirmou que não parou de investir no país, mas passou a focar em ações que trouxessem menos impactos negativos a curto prazo.
Depois de cinco anos, a marca Kate Spade se despede do Brasil. A rede anunciou, em agosto, que fechará as lojas, e-commerce e outlet que possuía no país. A decisão, segundo a empresa, faz parte da estratégia global de priorizar a expansão mundial da marca por meio de distribuidores locais. A loja do terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, é a única que seguirá aberta, sob administração da Dufry Brasil. A marca promete que, em breve, o e-commerce global atenderá clientes do Brasil.
A marca francesa de luxo fechará, até o final de 2015, as portas da Maison que possui há três anos no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. A decisão foi tomada em função do fim do contrato com a administradora do shopping, justificou a empresa.
A rede de atacarejo Makro fechou uma loja que funcionava há 16 anos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 1º de outubro. Em comunicado, a companhia reforça que a decisão é pontual e que a empresa está buscando um espaço para sediar uma nova loja na cidade. O posto de combustível, localizado próximo à loja, permanecerá aberto e terá o seu funcionamento normal. As outras 77 lojas no país serão mantidas.
A grife de bolsas e acessórios Victor Hugo fechou as portas da sua maior e mais tradicional loja no Brasil – a de Ipanema, no Rio, aberta na década de 70. O aumento do custo fixo do endereço, com os exorbitantes preços de alugueis na capital carioca, e a queda nas vendas foram os motivos.
A rede de varejo feminina Marisa não fechou lojas, mas desistiu de um canal comercial usado por ela desde 2012: o de venda direta, por meio de catálogos. Em comunicado, a empresa afirmou que "a crise econômica enfrentada pelo país, sem precedentes na nossa história recente, foi fator decisivo para descontinuarmos a operação de venda direta". A Marisa esclarece que as operações com venda, troca de mercadorias feitas pelo canal de venda direta serão encerradas no fim de outubro. Informa, por fim, que atenderá às cidades que não possuem lojas físicas com a sua operação online.
Ernest Garcia II é dono da DriveTime, a quarta mais varejista de carros usados, e o maior acionista da Carvana, considerada a Amazon dos carros, nos Estados Unidos
O empreendedor mineiro Rodrigo Abreu fundou a UP2Tech em 2014, enfrentou crises e cresceu. A empresa projeta faturar R$ 500 milhões em 2024, com destaque em e-commerce, games e tecnologia para pecuária