Negócios

Lojas Americanas prevê abrir 800 lojas em 5 anos

Além das 800 lojas, o plano prevê a abertura de dois novos centros de distribuição


	Lojas Americanas: empresa teve lucro líquido consolidado de 65,1 milhões de reais no terceiro trimestre
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Lojas Americanas: empresa teve lucro líquido consolidado de 65,1 milhões de reais no terceiro trimestre (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 20h01.

Rio de Janeiro - A varejista Lojas Americanas lançou novo plano de expansão nesta quarta-feira, com previsão de abertura de 800 novas lojas em cinco anos e investimentos de 4 bilhões de reais, depois de ter divulgado um lucro 33 por cento menor no terceiro trimestre.

"Devido ao otimismo que temos em relação ao Brasil, temos muitas oportunidades. As lojas que inauguramos estão performando muito bem", disse à Reuters o diretor de relações com investidores da companhia, Murilo Correa, sobre as perspectivas positivas em relação ao projeto.

Segundo o executivo, o plano de expansão da companhia não está focado nas questões macroeconômicas. "Passamos por diversos períodos e a empresa flutuou muito bem, vem navegando muito bem em relação a resultados", acrescentou.

Além das 800 lojas, o plano prevê a abertura de dois novos centros de distribuição. O número de novas unidades é o dobro em relação ao plano de expansão anterior, que teve a abertura de 400 lojas e foi concluído em 2013.

Os novos investimentos serão financiados por meio do próprio caixa da companhia, além de uma linha de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 1,2 bilhão de reais, aprovada em março, com o objetivo de expansão.

"A gente fez um trabalho de alongamento da dívida, hoje o perfil da dívida está muito diferente, temos hoje muita certeza de que a estrutura de capital suporta este desafio", afirmou Correa.

Ao final de setembro, a dívida líquida consolidada da companhia foi 1,3 vez o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) acumulado de 12 meses, ante 1,5 vez em junho.

Segundo o executivo, há oportunidades de crescimentos nas lojas mais maduras, que vêm tendo "bom crescimento".

As vendas mesmas lojas (abertas há mais 12 meses) cresceram 10 por cento no terceiro trimestre, ante avanço de 8 por cento um ano antes.

"Estamos muito otimistas com o Natal, principal trimestre das Lojas Americanas. Tem a possibilidade de um crescimento que sustente todo o plano de expansão e possa gerar a geração de caixa que a gente espera para os próximos anos."

A empresa também anunciou assinatura de contrato com a BradesCard para a oferta conjunta de cartões de crédito nas lojas.

Esta é a base para a criação de uma promotora de crédito que vai oferecer aos clientes produtos como seguros e serviços financeiros, como empréstimos e cartões pré-pagos.

Em 2012, a Lojas Americanas encerrou uma joint venture com o Itaú Unibanco para a financeira FAI, que segundo o executivo teve resultados abaixo do previsto no plano de negócios.

"A FAI chegou a atingir quase 15 por cento do total de vendas com cartões que tinha nas Lojas Americanas, pode ter um volume expressivo neste (novo) negócio", disse.

A promotora de crédito permite, segundo ele, melhorar as margens, aumentar o relacionamento com clientes, e ajudar na gestão de custos, acrescentou.

No terceiro trimestre, a Lojas Americanas teve lucro líquido consolidado de 65,1 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 32,9 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado foi de 476,8 milhões de reais, avanço de 18,7 por cento ano contra ano.

A média de estimativas obtidas pela Reuters apontava lucro líquido de 60,5 milhões de reais e Ebitda de 466,1 milhões.

Como esperado por analistas, o resultado financeiro, que ficou negativo em 327 milhões de reais, pressionou o lucro líquido no período.

Um ano antes, o resultado financeiro ficou negativo em 206,9 milhões de reais. A receita líquida no período avançou 18,7 por cento, a 3,653 bilhões de reais.

Acompanhe tudo sobre:AmericanasB2WComércioEmpresasEmpresas brasileirasEstratégiagestao-de-negociosVarejo

Mais de Negócios

Ex de Bezos doou US$ 2 bilhões em 2024 — valor total nos últimos anos chega a US$ 19,3 bi

Da mineração ao café: as iniciativas sustentáveis da Cedro para transformar a indústria

COSCO Shipping inaugura rota estratégica entre Peru e China

Subway conclui acordo para substituir Coca-Cola por Pepsi nos Estados Unidos