Desde a saída de Marcio Rocha Mello da presidência da HRT no último dia 11 cresceram rumores de que a companhia estaria para divulgar dados ruins sobre a exploração de poços na Namíbia (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2013 às 22h04.
Rio de Janeiro - Menos de duas semanas após uma troca no comando, a HRT anunciou a descoberta de óleo em quantidade não comercial na Namíbia e um poço seco na Bacia de Solimões. A exploração no país africano era a principal aposta da petroleira.
Desde a saída de Marcio Rocha Mello da presidência da HRT no último dia 11 cresceram rumores de que a companhia estaria para divulgar dados ruins sobre a exploração de poços na Namíbia. Só em maio, as ações da HRT acumulam uma perda de quase 25%.
Fundador e executivo-chefe da HRT, Mello estava no cargo há três anos e continuará integrando o conselho da HRT. A empresa possui uma participação de 55% em 21 blocos exploratórios na Bacia de Solimões e também opera dez blocos na costa da Namíbia. O país é o único do Oeste da África onde nenhuma descoberta foi feita até o momento.
Em teleconferência com analistas na semana passada, o presidente do conselho de administração da HRT, John Willott, tentou acalmar os ânimos ao garantir que a transição no comando não afetaria as atividades de exploração de petróleo na Namíbia. Segundo ele, os planos incluíam a perfuração de mais dois poços este ano no país africano.
Em nota, a petroleira informou que a perfuração em águas profundas do primeiro poço na Namíbia tinha como objetivo principal testar os recursos potenciais da plataforma carbonática de idade Albiana. Apesar do reservatório encontrado não ser comercial, a empresa ressaltou que o poço confirma o potencial da Bacia offshore de Walvis
Sobre as atividades na Bacia do Solimões, no Amazonas,a HRT informou ainda que decidiu abandonar o poço 1-HRT-11-AM, classificado como seco.
A perfuração do poço teve início em 17 de março de 2013 e atingiu a profundidade final no último dia 6. "As informações geológicas provenientes deste poço serão analisadas e integradas com as demais informações disponíveis na área para auxiliar em futuras decisões do programa de trabalho na Bacia do Solimões", diz a empresa em comunicado ao mercado.