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Empreiteira UTC demite 15 mil e pode vender Viracopos

Desde a prisão de seu presidente, em novembro, a empresa demitiu metade dos funcionários e renegocia dívida de R$ 1,2 bilhão com bancos


	UTC: desde a prisão de seu presidente, a empresa demitiu 15 mil e renegocia dívida de R$ 1,2 bilhão
 (Divulgação)

UTC: desde a prisão de seu presidente, a empresa demitiu 15 mil e renegocia dívida de R$ 1,2 bilhão (Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 15 de maio de 2015 às 12h20.

São Paulo - A UTC, uma das empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, já demitiu metade de seus funcionários e pode vender sua participação no aeroporto de Viracopos, em São Paulo.

O empresário Ricardo Pessoa, dono da companhia, foi preso em novembro do ano passado. Ele é apontado como um dos líderes do cartel de empreiteiras acusadas de pagamento de propina para contratos com a Petrobras. Depois de 160 dias encarcerado, está em prisão domiciliar.

Desde então, a empresa de Pessoa desmoronou. De acordo com a Folha de S.Paulo, ela demitiu 15 mil dos 30 mil funcionários, deixou metade de sua sede para economizar aluguel e pode vender partes de seu negócio.

Ela pode se desfazer de sua participação no aeroporto de Feira de Santana (BA) e no de Viracopos (SP). Os 23% que a companhia possui no aeroporto de Campinas podem valer até 400 milhões de reais, de acordo com a Folha.

Segundo o jornal, a empreiteira precisa desfazer de alguns negócios para prolongar o prazo de sua dívida. Ela deve 1,2 bilhão de reais a diversos bancos, como Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil.

Com o envolvimento na Operação Lava Jato, a empresa foi impedida de participar de novas licitações para a Petrobras, junto com outras empresas suspeitas. Assim, ela encontra dificuldades para conseguir novos financiamentos.

Procurada por EXAME.com, a companhia não comentou o caso. Disse apenas que, “num cenário de retração econômica, e diante dos desafios surgidos na área de infraestrutura, a UTC vem adotando todas as medidas para preservar sua capacidade de produção e competitividade”.

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