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Conselheiros da Petrobras questionam redução de preços

A avaliação de alguns conselheiros é a redução de preços abalaria a estratégia da companhia para reconquistar credibilidade

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	Petrobras: "A Petrobras, em função de seu caixa, tem que maximizar o retorno com seus produtos"
 (Divulgação/Petrobras)

Petrobras: "A Petrobras, em função de seu caixa, tem que maximizar o retorno com seus produtos" (Divulgação/Petrobras)

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Antonio Pita, Mônica Ciarelli

Publicado em 4 de abril de 2016 às, 15h36.

Rio - A discussão sobre uma eventual redução nos preços de diesel e gasolina pela diretoria da Petrobras, conforme notícias veiculadas na imprensa, provocou mal-estar entre integrantes do conselho de administração.

A avaliação de alguns conselheiros ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, é que o colegiado tem posição "afinada com o mercado" e a redução de preços abalaria a estratégia da companhia para reconquistar credibilidade.

A decisão cabe à diretoria, mas alguns integrantes do conselho criticaram não ter participado das discussões sobre o tema. No domingo, 3, alguns integrantes trocaram mensagens questionando a decisão pela redução de preços, veiculada na imprensa.

"A Petrobras, em função de seu caixa, tem que maximizar o retorno com seus produtos. Esta é a filosofia e recomendação do conselho. Maximizar sem expor a companhia à competição que pode ser desvantajosa", ponderou um conselheiro.

Segundo o conselheiro, a tomada de decisão "operacional" não pode depender do conselho, pois demanda agilidade.

Ainda assim, o conselho deveria ter sido consultado para avaliar se a redução de preços condiz com a estratégia de longo prazo da companhia, de recuperação de credibilidade junto ao mercado.

A avaliação da diretoria, entretanto, é que há margem para redução de preços neste ano em função da desvalorização do dólar e da queda nas vendas de combustíveis nos primeiros meses do ano.

Em janeiro e fevereiro, as vendas caíram 11%, ante uma base já reprimida em 9% em 2015.

O tema também não passou pelo colegiado da BR Distribuidora, responsável pela venda dos combustíveis. No balanço de 2015 da estatal, a BR Distribuidora registrou prejuízo de R$ 1,2 bilhão ante lucro de R$ 2,1 bilhões em 2014.

A queda foi explicada como consequência da redução das vendas.

Como a estatal revende combustíveis a preços mais altos que no mercado externo, desde o final de 2014, outras distribuidoras passaram a ampliar importações e revender a preços mais competitivos no mercado doméstico.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) indicam que a BR Distribuidora tem perdido participação no mercado.

De dezembro de 2014 a igual mês do ano passado, a participação da BR no mercado de venda de gasolina, caiu de 28,5% para 27,7% no último ano. Já no segmento de óleo diesel, foi de 38,52% para 37,23%, segundo a ANP.

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