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Após 700 cortes, CSN suspende demissões, diz sindicato

Além de avaliar uma redução de produção de aço este ano, a CSN pretendia elevar a jornada dos trabalhadores da usina de seis para oito horas diárias


	Funcionário da CSN: a empresa poderia demitir cerca de 3 mil trabalhadores diretos
 (Divulgação)

Funcionário da CSN: a empresa poderia demitir cerca de 3 mil trabalhadores diretos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 12h22.

São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional decidiu parar o processo de demissão de funcionários da usina em Volta Redonda (RJ) após discussões com representantes sindicais nesta quarta-feira.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, a empresa poderia demitir cerca de 3 mil trabalhadores diretos diante dos planos da companhia para suspensão até o final deste mês da operação do alto-forno 2, responsável por cerca de 30 por cento da capacidade da usina.

A CSN, que no fim de dezembro havia informado que avaliava medidas para reduzir a produção de aço em 2016, diante do mercado interno em retração e medidas de proteção comercial nos Estados Unidos, não pôde comentar de imediato como ficarão os planos de produção para este ano.

O sindicato informou que a suspensão das demissões ocorreu após cortes de 700 funcionários da usina entre o final da semana passada e o início desta semana.

Segundo o presidente do sindicato, Silvio Campos, ficou acertado que a CSN vai reunir sua equipe técnica na próxima segunda-feira para definir se o alto-forno 2 será reformado ou paralisado.

Campos afirmou que a decisão da CSN de interromper as demissões ocorreu após reuniões que envolveram o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e a presidente Dilma Rousseff, na véspera.

Além de avaliar uma redução de produção de aço este ano, a CSN pretendia elevar a jornada dos trabalhadores da usina de seis para oito horas diárias, suspender pagamento de adicional de 70 por cento de abono de férias e adicional de horas extras e hora noturna em percentuais acima da legislação.

"Não aumentou a jornada, não cedemos. Após a reunião com o governardor e com a Dilma, a partir de ontem a relação (entre trabalhadores e empresa) passou a mudar", disse Campos.

Ele acrescentou que após paralisação de trabalhadores mais cedo nesta quarta-feira, a usina de Volta Redonda voltou a operar em ritmo pleno de produção, de cerca de 6 milhões de toneladas por ano.

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