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Nível de despesa com provisões deve manter-se, diz Bradesco

Gastos com provisões para devedores duvidosos somaram R$ 3,141 bilhões no segundo trimestre, com aumento de 9,8% em relação ao trimestre anterior

Bradesco: o índice de inadimplência do banco apresentou piora (Paulo Fridman/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 16h16.

São Paulo - As despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, do Bradesco devem se manter no nível atual durante os próximos trimestres de 2014, de acordo com Luiz Carlos Angelotti, diretor executivo do banco .

Esses gastos somaram R$ 3,141 bilhões no segundo trimestre, com aumento de 9,8% em relação ao trimestre anterior.

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Em um ano, o crescimento foi de 1,5%.

"As despesas com PDDs tiveram um pequeno incremento no trimestre por questões pontuais e devem se manter nos próximos trimestres neste nível", afirmou Angelotti, em teleconferência com a imprensa, realizada nesta quinta-feira, 31.

A elevação das despesas com PDDs, de acordo com o Bradesco, foi influenciada pela redução do nível de inadimplência ocorrida no trimestre anterior, caracterizado pela sazonalidade de concentração de pagamentos de despesas de clientes.

Após cinco quedas trimestrais consecutivas, o índice de inadimplência do Bradesco, considerando os atrasos acima de 90 dias, apresentou piora. O indicador teve alta de 0,1% no segundo trimestre ante o primeiro, de 3,4% em março para 3,5% em junho.

Em um ano, porém, os calotes registraram queda de 0,2%.

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou que conceitualmente não existe nenhum indicador de que a inadimplência do Bradesco vai mudar de patamar.

O aumento de março para junho, conforme ele, não deriva de um ciclo duro do crédito em que exista esgotamento de capacidade do pagamento dos clientes.

"Crédito hoje é gestão de risco. Quando concede o crédito, você vê rating dessas pessoas e sempre olhando para o futuro.

O aumento da inadimplência não significa tendência. Se pegarmos a curva da inadimplência dos últimos 24 meses, de um ano atrás, estava em 3,7%, caiu para 3,6% em setembro, 3,5% em dezembro e 3,4% em março", lembrou o presidente do Bradesco.

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